Praticamente 100% dos trabalhadores concursados aderiram ao movimento de paralisação (exceto trabalhadores concursados que detém cargos comissionados, como gerentes) durante todo o dia de hoje (14). Pressionada, a diretoria da Companhia já marcou primeira negociação para esta quinta-feira (15), às 9h, mas categoria pode deflagrar estado de greve em assembleia marcada para próxima terça-feira (20) caso as reivindicações não sejam atendidas.

Trabalhadores e trabalhadoras da Cegás, com apoio do Movimento Luta de Classes (MLC), da Central Única dos Trabalhadores (CUT-CE) e outros sindicatos, como sapateiros, comerciários, metalúrgicos e têxteis, continuaram a paralisação por todo o dia de hoje. Nunca houve paralisações por um dia inteiro antes entre essa categoria.

“Apesar da forte tentativa de intimidação por parte do Governo Estadual e da Cegás, colocando a polícia Rodoviária Estadual e o Comando Tático Motorizado (Cotam), e inúmeros seguranças particulares, os trabalhadores permaneceram firmes no Barracão da Resistência”

“Com quase 100% dos concursados parados, Companhia ficou apenas com trabalhadores terceirizados e comissionados”.

Falta de transparência

Apesar da diretoria da Companhia aparentar estar apta a negociar com a categoria, sansões no mínimo esquisitas foram colocadas em
cheque por ela, como a proibição de um sindicalista experiente na mesa de negociação, Francisco Gomes Sobrinho, da diretoria executiva da CUT; e a presença do jornalista do sindicato, Nathan Camelo, demostrando total falta de transparência com a informação.

Assembleia deliberará sobre estado de greve

Haverá uma assembleia na próxima terça-feira (20), às 18h, e caso as negociações não avancem, os trabalhadores decidirão se entram ou não em estado de greve. Entre as principais reinvindicações são: equiparação de salários; Aplicação imediata do PECS (Plano de Empregos Carreiras e Salários); Benefícios sociais; Vale refeição; Auxilio educação fundamental-médio.

 

Apoio parlamentar

Ronivaldo Maia (PT), vereador que homenageou os 40 anos do Sindipetro em sessão solene, somou-se ao movimento apoiando a luta da categoria e pedindo permissão para levar a situação à tribuna da Câmara, ele ainda denunciou a forte presença policial em todo ato sindical atual como forma de intimidar os trabalhadores.

A deputada Eliane Novais (PSB), na manhã de ontem (14), pediu que a diretoria da Cegás abrisse diálogo com os trabalhadores para que não houvesse greve. O deputado Heitor Férrer (PDT) também apoiou o movimento.

Repercussão na mídia

JORNAL O POVO: Trabalhadores podem parar atividades
CEARÁ AGORA: Trabalhadores da Cegás paralisam atividade nesta quarta (14)
CEARÁ É NOTÍCIA: Trabalhadores da Cegás paralisam quarta-feira (14) e deliberarão sobre estado de greve
FUP: Trabalhadores da Cegás (CE) param na quarta-feira (14) e deliberam sobre estado de greve

As paralisação ainda foi repercutida nas rádios Dom Bosco (96,1 FM), Tribuna Band News (101,7 FM) e Universitária (107,9). Além do jornal da TV União e TV cidade.