Sindipetro Ceará vem explicar à população o porquê das reduções de preço da gasolina produzida pela Petrobras não chega aos cearenses.
A Petrobrás tem uma refinaria em Fortaleza (Lubnor), porém não produz diesel nem gasolina automotivos no Ceará.
Os principais produtos da Lubnor são asfalto, lubrificantes e óleo combustível.
Temer e Bolsonaro privatizaram a BR Distribuidora e a Liquigás que eram os braços da Petrobras na distribuição de combustíveis e gás de cozinha. Sem essas empresas é impossível garantir o repasse dos preços reduzidos das refinarias aos consumidores, pois as distribuidoras e postos aumentam suas margens de lucro.
No contrato assinado pelo desgoverno Bolsonaro, a Petrobras foi obrigada a ceder sua marca e inclusive está proibida de criar ou comprar outra empresa para distribuir seus combustíveis diretamente aos consumidores até 2029.
A maioria da gasolina que chega ao Ceará é importada, principalmente dos EUA, sofrendo oscilações de preço pela variação do dólar e da própria commodity. A refinaria da Petrobras na Bahia (Rlam) também fornecia gasolina ao mercado cearense, porém também foi privatizada pelo Bozo e sofre desde então, redução significativamente de sua produção. Somente a Petrobras tem compromisso, por ser estatal, de fornecer combustíveis ao Brasil. Uma empresa privada visa somente seu lucro. A Acelen, novo nome da Rlam, após ser adquirida por um grupo árabe, regula seus próprios preços e os reajustes da Petrobras tem pouco impacto nas suas decisões.
Ademais, não custa lembrar, que parte da gasolina que chega ao Ceará, arrecada icms para outros estados chegando por modal rodoviário via porto de Itaqui e Suape.
Graças à luta dos petroleiros e reeleição do presidente Lula, conseguimos impedir a venda da Lubnor e da Rnest, esta última fornece parte do diesel e gás de cozinha para a população cearense. A situação poderia ser muito pior se estas unidades tivessem sido vendidas tal qual as refinarias do Amazonas, do RN e da Bahia, onde a população sofre com os maiores preços do Brasil.
Portanto, aproveitamos esse momento para relembrar o impacto que as privatizações trazem ao Brasil, mesmo aquelas distantes de nós.
Queremos uma Petrobras estatal, forte e integrada!
O Sindipetro alerta à população dos riscos que a solução de retirada da tancagem de combustíveis do Mucuripe trará. A mudança beneficiará apenas à iniciativa privada e não traz nenhuma garantia real de redução dos preços aos fortalezenses. O preço do frete rodoviária do Pecém para a capital, custos de seguros e aluguel de tancagem, poderão inviabilizar os ganhos obtidos pelo maior calado do porto do Pecém em relação ao Mucuripe. Há espaço para operação de ambos os parques de tancagem e isso traria melhores preços pela simples concorrência aos consumidores finais.
Conclamamos à todos os políticos que lutem pela ampliação dos investimentos da Petrobras no Ceará para garantir crescimento, empregos, aumento na arrecadação de impostos e segurança energética ao nosso Estado.