Uma comitiva de vereadores visitou, na manhã desta quarta-feira (15), as instalações da Lubnor, empresa Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste, refinaria da Petrobrás. A iniciativa é do vereador Gardel Rolim (PDT), objetivando a compreensão acerca da venda da empresa, que afirmou ser importante para a economia da cidade, mas cujo terreno pertence à Prefeitura de Fortaleza.

“A Petrobrás não poderá vender a Lubnor sem que haja uma anuência da Prefeitura e da Câmara Municipal de Fortaleza. Parte desse terreno é dos munícipes desta cidade”, explicou Gardel Rolim (PDT).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O presidente Antônio Henrique (PDT), presente no local, declarou: “a empresa precisa ter o conhecimento de que o terreno é do Município. Sendo assim, não podemos deixar que isso aconteça sem que sejam tomadas as devidas providências. A Câmara Municipal de Fortaleza se faz presente para ter um diálogo com os gestores e levar informações para a população sobre o que está acontecendo. Estamos aqui para defender o patrimônio do povo fortalezense e garantir que o que é do povo seja protegido”.

Renan Colares (PDT) ressaltou a importância do momento para discutir sobre terreno que foi cedido muito tempo atrás e o Governo Federal quer vender. “Nós viemos, convidamos técnicos da Prefeitura para ter uma noção da dimensão e fazer uma avaliação para que a próxima empresa que comprar a Lubnor possa fazer uma oferta para a Prefeitura”, disse.

No período da tarde, os vereadores Ronivaldo Maia (PT), Larissa Gaspar (PT), Wander Alencar (Rede) e Dr. Luciano Girão (Progressistas) conheceram o funcionamento e as instalações da empresa, que é responsável pela produção de 13% do asfalto do Brasil e abastece principalmente os estados da região Norte e Nordeste.

Guilherme Sampaio (PT) completou: “nós queremos verificar in loco o patrimônio do povo de Fortaleza, são terrenos públicos que fazem parte da Lubnor e foram comercializados de forma ilegal. Inclusive, entrei na justiça pedindo uma liminar para cancelar essa operação”. Ainda segundo o petista, em breve uma audiência pública será realizada para que os esclarecimentos sejam prestados por parte da empresa.

A vereadora Larissa Gaspar (PT) reforçou que o momento foi fundamental para entender o funcionamento da refinaria e a sua importância para o país. “A Lubnor representar muito não só para o nosso estado, mas também para todo o Nordeste e Norte. O representante da empresa nos orientou que existe uma decisão da Petrobras para realização de desinvestimentos e o ativo escolhido foi a Lubnor. Já foi feito um contrato de compra e venda entre a empresa e a Grepar, porém como esse imóvel se encontra em um terreno de titularidade de Fortaleza, uma questão que vai precisar ser discutida”, comunicou Larissa.

Ronivaldo Maia (PT) evidenciou que há um sentimento por parte do fortalezense e manifestado pelo prefeito e pela Câmara Municipal de Fortaleza de que o patrimônio, a Lubnor, precisa se manter em Fortaleza. “A Lubnor precisa se manter em nosso território, é patrimônio do povo brasileiro. Por essa razão, acho que é nesse sentido que a gente volta da reunião mais convicto que não devemos abrir mão desse patrimônio que fabrica, exclusivamente, alguns produtos que em outros lugares do Brasil não produz. Há uma orientação por parte do Governo Federal de entregar o refino e eu acho que tanto a Câmara como a Prefeitura devem cumprir o papel de resistência”, defendeu Ronivaldo.