O cordelista Arievaldo Vianna morreu neste sábado, 30, após ser internado em decorrência de, segundo o Jornal O Povo, uma infecção bacteriana. O artista foi um importante nome para a educação cultural e para a disseminação do cordel no Ceará.
Arievaldo trabalhou por 21 anos no Sindipetro Ceará, quando iniciou na gestão do Charles Nobre Peroba e deixou um legado de charges, panfletos e cartazes ao longo desse tempo.
Sua trajetória de vida pública, que conta com dezenas de livros publicados e centenas de cordéis, sempre esteve ligada às lutas e às dores do povo. Com uma linguagem acessível, transmitia os saberes do Nordeste para pessoas de todas as idades. Ao lado do irmão, poeta e dono da editora Tupynanquim, Klévisson Viana, várias obras foram lançadas.
Exemplo de seu esforço para democratizar o acesso à leitura foi o projeto Cordel na Sala de Aula, criado em 2000. A iniciativa era uma forma de usar a poesia popular como paradidático entre os alunos. Com o objetivo de incentivar a alfabetização, a ação foi adotada em diversas escolas do país. No mesmo ano, foi eleito membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel.
Presidente do Sindicato dos Petroleiros do Ceará e Piauí, Iran Gonçalves, fez um vídeo de pesar.
“Perdemos não só um grande poeta e difusor da literatura de cordel nos ambientes culturais, mas, principalmente nas escolas, promovendo nos mais diversos rincões do Brasil a promoção da leitura através da literatura de cordel. Perdemos um amigo. Celebremos sua obra poética e sua memória”, diz o secretário da Cultura do Estado, Fabiano Piúba, em nota da Secretaria de Cultura do Ceará.
Confira algumas ilustrações feitas por Ari para o Sindipetro:
