A última assembleia de apreciação do ACT aconteceu hoje (07/12) e os petroleiros do Ceará aprovaram a aceitação do Acordo e criação de um Fundo de Greve. Oriá Fernandes, presidente do Sindipetro CE/PI, viaja ao RJ nesta terça-feira para concluir o processo. Uma moção de repúdio contra a decisão do conselho deliberativo da FUP também foi aprovada na assembleia que suspendeu a greve.

 

Após dezesseis dias de greve, um seminário e uma rodada de assembleias no Ceará, o Acordo Coletivo de Trabalho proposto pela Petrobrás foi analisado FUP, pela diretoria do Sindipetro CE/PI, pelo setor jurídico do sindicato e pela própria base. A diretoria indicou aceitação do ACT no último dia 02.

Greve no Ceará: atuação, comprometimento e disposição!    

Em repúdio às medidas privatistas do Plano de Negócios e Gestão da Petrobrás para o período de 2015/2019, os petroleiros e petroleiras cearenses iniciaram no dia 01 de novembro de 2015 a maior greve dos últimos 20 anos.

Em Paracuru, plataformas reduziram a produção de óleo em 87% e gás em 94%. Apenas um campo continuou produzindo com um contingente mínimo de trabalhadores. Na Usina de Biodiesel, em Quixadá, na Refinaria de Lubrificantes (Lubnor), na TermoCeará, e nas Transpetros Maracanaú, Pecém e Mucuripe, a Petrobras continuou operando com contingente mínimo, utilizando trabalhadores em sobre jornada, que chegaram a ser 40h seguidas.

No quarto dia de greve, a CUT, CSP-Conlutas, o movimento Levante Popular pela Juventude, Kizomba, MAB, MST e outros movimentos que formam a Frente Brasil Popular, além do Movimento Luta de Classes (MLC), apoiaram o movimento grevista em defesa da Petrobras.

No décimo dia, as centrais sindicais e movimentos sociais e estudantis realizaram um ato de conscientização da importância da greve para a população na Praça do Ferreira, no centro de Fortaleza (CE). Participaram do ato o Movimento Luta de Classes (MLC), Kizomba, CTB, CUT, Conlutas, Seeaconce, MOTU, SINTETI, APEOC, MML, Fetamce, Consulta Poupular, MAB, Sintro, mandato do Deputado Elmano Freitas, Casa de Cultura e defesa da Mulher Chiquinha Gonzaga, Movimento Democracia Participativa, Comitê Memória, Verdade e Justiça.

Moção de repúdio       

Uma moção de repúdio contra a decisão do conselho deliberativo da FUP também foi aprovada na assembleia que suspendeu a greve no último dia 16. Confira a Moção:

“A Diretoria do Sindipetro CE/PI ratifica através desta moção, conforme assembleia da categoria, o repúdio ao indicativo precipitado do Conselho Deliberativo da FUP convocado durante a greve, e a resistência da direção da Federação Única dos Petroleiros em reavaliar o indicativo após rejeição deste em algumas das principais bases do país”.

JURÍDICO

A assessoria Jurídica do Sindipetro CE/PI ressaltou que todas as irregularidades judiciais denunciadas pela categoria durante a greve estão no Ministério Público do Trabalho e na Superintendência Regional do Trabalho. “Diariamente nós ligamos e cobramos respostas e mesmo encerrando a greve, o direito ainda é devido e haverão desdobramentos judiciais”, afirmou a advogada Camila.