Do Sindipetro Norte-Fluminense

Um dos participantes de mesa de debate no Encontro Nacional de Comunicação, durante o 16º Confup, o jornalista Fernando Brito defendeu que a Petrobrás seja mais explícita na defesa dos fundamentos políticos que justificam a sua existência. Segundo ele, um comportamento meramente técnico da empresa é uma armadilha que atenta contra a própria história da luta pelo petróleo no Brasil.

“O debate ideológico e político que deu origem à Petrobrás é a defesa dos interesses nacionais, em uma palavra: nacionalismo. Tirar este debate é tornar a Petrobrás sujeita a toda sorte de aventura”, defendeu o expositor.

“Nós, infelizmente, estamos enfrentando um processo de despolitização da Petrobrás”, lamentou.

Editor do blog Tijolçaço, Brito argumentou que mesmo antes da criação da Petrobrás a disputa entre interesses nacionais e estrangeiros na exploração do petróleo estavam colocados. Agora, lembra, esta competição aumenta em razão do pré-sal.

Para ele, há setores conservadores que têm “a necessidade de destruir a capacidade de a Petrobrás ter um papel central no pré-sal”.

 “INTERESSES PRIVADOS DEFINEM A MÍDIA NO PAÍS” AFIRMA O ANALISTA VENÍCIO LIMA

O Encontro Nacional de Comunicação que acontece na manhã desta quinta, 14, foi aberto com uma palestra do professor da UFMG, Venício de A. Lima que falou sobre a regulamentação da mídia no Brasil e as formas de participação social.

Contradizendo o que a grande maioria diz que não existe uma regulamentação da mídia, Venício afirmou que há um marco regulatório, que opera na legalidade através de decretos publicados por Getúlio Vargas. Ele lembra que recentemente foram aprovadas a Lei de Acesso à Informação, a Lei do Audiovisual, que alguns chamam da Convergência de Mídias, e por último o Marco Civil da Internet.

“O que queremos é uma nova regulamentação que permitam que mais vozes possam se pronunciar. E isso não é censura! Já existe um conjunto de leis, o problema é a exclusão sistemática de vozes no país e a necessidade de regulamentação da Constituição” – disse Venício, um dos principais analistas de mídia no Brasil.

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