O presidente do Sindipetro Ceará/Piauí, Orismar Holanda, a convite da deputada estadual Mirian Sobreira (PSB-CE), participou da audiência pública que tratou do tema “a situação da Usina de Biodiesel de Quixadá”, e levou à parlamentares, assessores e técnicos presentes, a ideia da criação de um projeto que pretende tratar e reaproveitar a água retirada junto com petróleo nos poços perfurados pela Petrobras na região.

Segundo o presidente, é mais retirada água do que óleo quando se é perfurado um poço de petróleo e a Petrobras não tem uma decisão sobre o que fazer com essa grande quantidade de água, que não vem própria para o consumo, mas que se tratada, poderia ser usada para a própria irrigação de oleaginosas por meio de agricultura local. Assista a fala dele:

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A estiagem no Ceará obrigou a busca por alternativas para uma convivência com a seca e meios para diminuir o sofrimento do povo. A afirmação é da deputada Mirian Sobreira, para a parlamentar, é importante que a usina possa contribuir para o desenvolvimento do Ceará e seja útil para atender às necessidades da população que sofre com a estiagem.

“O grande patrimônio e o legado que vamos ter dessa estiagem é a busca por meios para aprendermos a conviver com a falta de chuvas, e entre uma das muitas alternativas está a usina, que vejo como um projeto que nasceu com o objetivo principal de promover a inclusão social e o desenvolvimento do semiárido”, salientou Mirian.
A deputada Rachel Marques (PT) pontuou os impactos que a usina traz para a região. “Compreendo esta usina como de grande importância, não só do ponto de vista ambiental, mas como um passo revolucionário que a Petrobras está dando ao estimular a geração de energia a partir das oleaginosas no semiárido nordestino”, ressaltou Rachel.

Segundo o diretor de Suprimento Agrícola da Petrobras Biocombustível, João Augusto Araújo Paiva, a Usina de Biodiesel de Quixadá foi instalada com a missão de produzir biocombustível no semiárido, buscando a estruturação de cadeias produtivas agrícolas de suprimento.

Ainda para o diretor da Petrobras, a usina é uma das mais versáteis em operação no País e corresponde a quase todo o biodiesel demandado no Ceará.

“Ela faz biodiesel de praticamente qualquer matéria prima, seja óleo de peixe, óleo de gordura residual, entre outros. Também é importante frisar que enquanto outros estados do Nordeste importam biodiesel, nós não precisamos fazer isso porque somos fornecedores deste material”, enalteceu João Augusto Araújo.

Também estiveram presentes à audiência, o coordenador da Área de Biodiesel da Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Estado do Ceará, Roberto Virgínio; a coordenadora de Políticas Ambientais da Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente de Fortaleza, Edilene Oliveira; o coordenador do Projeto Biopeixe da Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará (Nutec), José Tarcísio Costa Filho; a diretora de Empreendedorismo e Negócios da Nutec, Ana Luiza Maia; dentre outras autoridades.