FUP

A Petrobrás sempre foi alvo de disputas, seja na esfera política ou no campo mercadológico. A empresa é tratada pela mídia como se estivesse à beira da falência e o lucro líquido de R$ 21 bilhões conquistado em 2012 continua sendo abordado como prejuízo.  Os entreguistas de plantão só faltam anunciar que a Petrobrás quebrou.

Não precisa ser especialista em economia para perceber o que está por trás de mais essa tentativa de desestabilização. A resposta é óbvia: a campanha eleitoral para sucessão presidencial já começou. O mesmo PSDB que fez de tudo para privatizar a empresa durante os oito anos do governo FHC realizou um seminário em Brasília cujo título não poderia ser mais irônico:  “Recuperar a Petrobras é o nosso desafio – A favor do Brasil, a favor da Petrobras”.

Além de promover a candidatura de Aécio Neves, o seminário deixou claro, para quem ainda duvidava, que a principal plataforma dos tucanos continua sendo a privatização. Aécio criticou os investimentos feitos na ampliação do parque de refino da Petrobrás, atacou a nova legislação que garante a estatal como operadora única do pré-sal e defendeu o lesivo modelo de concessões, que permitir que as empresas privadas se apropriem de todo o petróleo e gás que extraírem do país.

Em entrevista à Rádio Brasil Atual, o coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, alertou que os tucanos querem terminar o que começaram no governo FHC, quando desregulamentaram o setor petróleo, quebraram o monopólio da Petrobrás, sucatearam e fragmentaram a empresa, preparando-a para a privatização. “Eles só não privatizaram a Petrobrás, como fizeram com inúmeras outras estatais, porque os trabalhadores e a sociedade brasileira mobilizados impediram que isso acontecesse”, destacou Moraes, lembrando que o governo do PSDB tentou inclusive mudar o nome da empresa para Petrobrax.

Para o coordenador da FUP, os tucanos estão fazendo o jogo dos especuladores, desgastando a Petrobrás para tirarem proveito político da situação. Ouça aqui a íntegra da entrevista.