Sem contraproposta da Petrobrás e sem resposta aos três eixos de luta aprovados pela categoria, é greve nacional a partir de 15/12, por tempo indeterminado, em todas as unidades da empresa e subsidiárias. Para aumentar a pressão, aposentados e pensionistas de todo o Brasil voltam a acampar em frente ao Edisen no dia 11, em vigília pelo fim dos PEDs
[Da comunicação da FUP]
Os sindicatos da FUP iniciam nesta quarta-feira, 03, as assembleias para deliberar sobre o indicativo de greve por tempo indeterminado a partir do dia 15. Conforme aprovado no Conselho Deliberativo, as direções sindicais estabeleceram prazo até esta terça, 02, para a Petrobrás responder sobre os três eixos de luta aprovados nas últimas assembleias, apresentando uma nova contraproposta que atenda as reivindicações.
Em documento enviado à empresa na quinta-feira, 27, a FUP cobrou a apresentação de uma “proposta concreta, clara e objetiva, com calendário, sem postergações ou indefinições, para solucionar a questão financeira dos PEDs”, um dos eixos deliberados pela categoria. Também foi cobrada uma contraproposta de um “ACT digno, sem aplicação de ajustes fiscais sobre salários e carreiras”, que reflita a distribuição justa da riqueza produzida pelos trabalhadores e trabalhadoras. O terceiro eixo de reivindicações diz respeito à Pauta pelo Brasil Soberano, com a defesa da Petrobrás pública, sem privatizações e sem adoção de novo modelo de negócios que fragilize o Sistema”.
Vigília pelo fim dos PEDs começa dia 11
Além do indicativo de greve nacional a partir do dia 15, a FUP e seus sindicatos aprovaram a retomada da vigília pelo fim dos PEDs, a partir do dia 11 de dezembro, em frente ao Edisen, sede da Petrobrás, no Rio de Janeiro. A orientação é que os sindicatos enviem representações de todo o Brasil para o acampamento que será montado no local, aumentando a pressão por uma solução definitiva para os equacionamentos da Petros.
Desde o início da campanha reivindicatória, a FUP e seus sindicatos deixaram claro para a gestão da empresa que a solução para os PEDs é ponto fundamental para o fechamento do ACT. Os equacionamentos causam perdas financeiras imensas à categoria, endividando, ano após anos, milhares de famílias petroleiras, o que tem demandado esforços contínuos e unitários das entidades sindicais e das associações de aposentados para resolver definitivamente esse problema, cuja responsabilidade é da Petrobrás.
Agora é greve!
A FUP e seus sindicatos convocam a categoria petroleira a participar ativamente das assembleias e aprovar a greve por tempo indeterminado, a partir do dia 15, em todas as unidades do Sistema Petrobrás. Precisamos dar um basta às arbitrariedades e ao desrespeito da gestão Magda com aqueles que constroem os resultados da empresa e dedicam suas vidas por uma estatal forte, integrada e comprometida com o desenvolvimento nacional.
É inadmissível que, após diversas reuniões de negociação e interlocuções com os diretores da Petrobrás, a empresa não avance na apresentação de uma proposta para o fim dos PEDs e um ACT que atenda aos eixos de reivindicações aprovados nas assembleias. O que temos presenciado é uma gestão que prefere apostar no impasse, impondo medidas unilaterais em pleno processo de negociação coletiva.
A reação da categoria tem que ser contundente. Não admitiremos ataques como estes em um governo que ajudamos a eleger, com uma pauta robusta em defesa do fortalecimento do Sistema Petrobrás e da valorização dos petroleiros e petroleiras.
Nossa resposta precisa ser coletiva e sem vacilo: vamos construir uma grande greve nacional contra os ataques da gestão Magda, por respeito às gerações de aposentados que construíram a Petrobrás, pelo resgate dos nossos direitos e por um ACT digno para aqueles e aquelas que geram a riqueza da maior empresa nacional.
