[Texto e fotos Davi Macedo, da comunicação do Sindipetro PR/SC]

A baixa temperatura, a ponto de geada, não esfriou os ânimos dos trabalhadores e trabalhadoras que participaram da manifestação na manhã desta terça-feira (27) que celebrou a reabertura da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), em Araucária.

O ato também marcou a abertura da 11ª Plenária Nacional da FUP (PlenaFUP), evento que reúne petroleiros e petroleiras de todo o país até sexta-feira (30), no Assentamento Constestado, do MST, na cidade da Lapa-PR.

Acompanhe a cobertura da 11ª Plenafup

Deyvid Bacelar, coordenador da FUP, comemorou não apenas a reabertura da fábrica, como os novos postos de trabalho que serão abertos. “A readmissão dos trabalhadores da Fafen e a geração de aproximadamente 29 mil empregos com os investimentos na ampliação da Repar e manutenção da Fafen acontece porque nós, enquanto classe trabalhadora, decidimos de forma correta eleger pela terceira vez Lula como Presidente da República. É por isso que nós estamos aqui hoje”, reconheceu.

“Se nós não queremos que os processos de privatizações venham com força a partir de 2026, nós precisamos não apenas votar, mas fazer campanha para as pessoas que representam a classe trabalhadora nas eleições municipais de 2024. Estamos dando ênfase para esse tema porque a extrema direita continua organizada e pretende voltar a governar o país”, alertou Deyvid.

Por sua vez, Alexandro Guilherme Jorge, presidente do Sindipetro PR e SC, entidade anfriã desta edição da PlenaFUP, juntamente com o Sindiquímica-PR, fez menção ao evento que anunciou os investimentos da Petrobrás no Paraná. “Há exatamente 12 dias, nós conseguimos trazer o Presidente da República para dar as boas novas e entregar simbolicamente os crachás para os readmitidos da Fafen, em uma cerimônia lindíssima. Aquele dia eu fiz uma fala que se dividiu em três partes, e principalmente a primeira foi a que viralizou. Foi um pedido de perdão do Paraná ao nosso Presidente Lula”.

Alexandro ainda destacou os desafios dos trabalhadores do Sistema Petrobrás no estado. “Precisamos agradecer a muita gente que nos ajudou a chegar não somente na reabertura da Fafen, mas também nos R$ 4,5 bilhões de investimentos nessas duas plantas industriais, que vão gerar emprego, renda e desenvolvimento para Araucária e o Paraná. Nós, trabalhadores dessas duas unidades, temos o grande compromisso de pegar esse investimento e transformar em operação e produção, com qualidade e segurança, abastecendo o mercado nacional de fertilizantes e combustíveis”.

O processo de desmonte pelo qual o Sistema Petrobrás passou no governo anterior e a reconstrução em andamento foram lembrados na fala da presidenta do Sindipetro Bahia, Elizabete Sacramento. “A Bahia foi o estado no qual começou a indústria do petróleo no Brasil. Precisamos lembrar que foi o estado pelo qual também começou o processo de destruição e desmonte do Sistema Petrobrás durante os anos de governo fascista pelo qual passamos. Lá na Bahia, perdemos a refinaria, os terminais da Transpetro e a Fafen-BA, mas resistimos. Graças ao trabalho e à luta de cada um de nós mudamos o projeto de governo. Hoje retomamos a Torre Pituba e estão voltando os investimentos nas áreas de produção da Bahia. Nós acreditamos que, assim como tivemos essa grande vitória aqui no Paraná, com a retomada da Fafen-PR, acreditamos que a luta e resistência dos trabalhadores, dos petroleiros e petroleiras desse Brasil, vai ajudar a retomarmos a Refinaria Landulpho Alves, os terminais do estado da Bahia e as demais unidades da Petrobrás que foram privatizadas”, afirmou.

Ao final do ato, os petroleiros e petroleiras que estão no Paraná para participar da 11ª PlenaFUP seguiram para a cidade da Lapa, onde ficam até sexta-feira (30) para debater as estratégias de luta da categoria para o próximo período.