Em encontro com Lula, petroleiros apresentam propostas para a reconstrução da Petrobrás

Lula recebendo o documento sobre a situação das unidades da Petrobrás no RN e no CE/PI. O documento do SINDIPETRO-CE/PI foi enviado pelo presidente do SINDIPETRO-CE/PI Iran Gonçalves, representado nesta ato por Marcio Dias, diretor do SINDIPETRO-RN filiado a FUP/CTB-RN, diretor da ANAPETRO e da presidente da COOPETRO ENERGIA.

CONFIRA O INTERIOR DOCUMENTO ENTREGUE:

Situação das unidades da Petrobrás no Ceará

Unidade de Biodiesel de Quixadá = fechada. Beneficiava uma cadeia desenvolvimentista no sertão cearense, entre eles, 400 catadores de Lixo; 400 piscicultores e 2.200 agricultores familiares, além dos empregos diretos e indiretos.

Fazenda Belém = Campos de petróleo terrestres nos municípios de Aracati e Icapuí entregues à iniciativa privada pelo governo Bolsonaro.

Refinaria de Lubrificantes em Fortaleza (Lubnor) = em processo de venda. Ela é uma das líderes nacionais em produção de asfalto e a única no país a produzir lubrificantes naftênicos, um produto próprio para usos nobres, tais como, isolante térmico para transformadores de alta voltagem, amortecedores para veículos e equipamentos pneumáticos. Passou mais de 10 anos como a maior pagadora de ICMS do Estado, hoje está entre as maiores pagadoras. Os combustíveis dos navios no Porto do Mucuripe são abastecidos pela Lubnor. O fechamento dessa unidade ou apenas colocar ela nas mãos privadas, pode acarretar o que está acontecendo na Bahia, a falta de confiabilidade em armadores enviarem seus navios para portos que não sabem se haverá combustível.

PLATAFORMAS DE PETRÓLEO NO MAR CEARENSE: nove plataformas em quatro campos de petróleo, todas fechadas no governo Bolsonaro (dia 28/03/2020). Sequer foram vendidas, elas foram fechadas mesmo, impactando diretamente as cidades de Caucaia, Paracuru, Paraipaba, Trairí, Itapipoca, Amontada e Itarema. Valor de um dia de produção chegava a ser 2 milhões de reais.

O objetivo de reiniciar a produção de petróleo do Ceará mar no patamar anterior ao fechamento, realizar ações para aumento da produção, e mudanças no modelo operacional aliando esse projeto a um modelo de produção de energia éolica usando essa fonte renovável, vai gerar emprego e renda. As atividades offshore vão consumir bens e serviços, preferencialmente dentro do Estado, representando desenvolvimento, geração de tributos e royalties e principalmente, será um polo gerador de riqueza para o Estado do Ceará.

TERMOCEARÁ = Por seu papel estratégico, Petrobrás comprou a Usina “Termoceará”, que tem potência instalada de 220 Megawatts, destinada à produção independente de energia. A Termo é uma usina de partida rápida. Em 15 minutos consegue disponibilizar 200MW no sistema elétrico. Isso faz com que ela seja complementar à geração eólica ou quando há alguma falha no sistema elétrico. Se, por exemplo, o vento parar rapidamente, a TermoCeará pode substituir um parque inteiro, minimizando os impactos.

TRANSPETRO = gera 200 empregos diretos e indiretos e movimenta 3 milhões de metros cúbicos por dia Gás natural e 220 metros cúbicos de derivados de petróleo por mês, abastecendo a companhia de gás do Ceará, a CEGÀS, outra empresa estratégica de economia mista do governo do Estado.