Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Documento que rege os valores e princípios da estatal deve reforçar o seu papel social, além de garantir o respeito à liberdade sindical e à dignidade dos trabalhadores

 

[Da imprensa da FUP]

Em atendimento à cobrança da FUP, gestores da Petrobrás se reuniram na tarde desta quarta-feira, 08, com dirigentes da entidade para ouvir as demandas referentes ao Código de Conduta Ética da empresa.

Como já havia sinalizado para a nova gestão da companhia, a Federação reforçou a necessidade do documento que rege os valores e princípios da estatal garantir o respeito à liberdade sindical e à negociação coletiva.

A entidade também defendeu a inclusão no Código de Ética de um capítulo voltado para o papel social da Petrobrás, reforçando a responsabilidade com o desenvolvimento e o futuro do país e a defesa da soberania e dos interesses nacionais.

“A Petrobrás tem compromissos com a sociedade brasileira e isso precisa ser reforçado como missão da empresa”, destacou o diretor da FUP, Tezeu Bezerra.

Outro ponto bastante questionado foi o sistema de consequências. “Quando se fala de conduta e ética, não podemos permitir que os gestores da Petrobrás continuem perpetuando um sistema de consequências que tem sido usado de forma completamente equivocada, pois só serve para punir e perseguir os trabalhadores, criando um ambiente de terrorismo”, explicou o dirigente sindical.

A FUP reforçou ainda a importância do respeito à diversidade e à igualdade de direitos, inclusive entre trabalhadores próprios e contratados, bem como do combate a todas as formas de assédio estarem previstos no Código de Conduta Ética. Foi também destacada a necessidade de responsabilização dos que violam esses preceitos básicos.

“Ressaltamos muito a importância do Código ter um caráter muito mais educativo do que punitivo e, acima de tudo, de ser um instrumento que garanta o respeito à dignidade das trabalhadoras e dos trabalhadores. O que vemos hoje é um documento muito mais focado em valores do mercado financeiro e utilizado para proteger o gestor e punir o trabalhador. Ou seja, uma incoerência muito grande”, criticou Tezeu.

Os representantes da Petrobrás informaram que receberam mais de 3 mil sugestões dos empregados para o novo Código de Ética. Foi explicado que essas propostas já estão em fase de sistematização. Segundo a gestão, a consulta aos trabalhadores foi muito rica e será aproveitada na elaboração do novo Código, que será apresentado posteriormente à categoria para colher novas sugestões.