Empresa que arrendou unidades de fertilizantes da Petrobras em Sergipe e Bahia para a produção ameaça demitir empregados caso a Petrobras não subsidie o gás natural.

Uma tragédia anunciada. Como os Sindipetros vêm informando, empresas sem know-how têm adquirido ativos da Petrobras atraídas por preços subfaturados e, como não têm expertise no negócio, fecham as portas na primeira crise ou, no caso específico das Fafens, na primeira flutuação da cotação internacional de amônia e ureia.

Isso fica mais evidente na compra das Fafens por seu antigo cliente Unigel, e da SIX por um grupo que foi contratado anteriormente para vender a tecnologia petrosix e na Lubnor por seu cliente Greca Asfaltos, que abriu uma empresa de fachada com capital de apenas R$10 mil para adquirir o negócio.

Além da corrupção ou improbidade que lesa o patrimônio público, o risco à soberania em depender de importações e a redução na arrecadação de impostos por isenções, reduções de royalties ou subsídios, essas operações têm algo mais em comum: a chantagem dos empresários.

Como os Sindipetros estão alertando, a operação de um ativo da Petrobras não pode ser comparada à dos seus adquirentes. Eles prometem ampliar a produção, mas o que fazem é reduzir a qualificação e salários dos empregados, instabilizar o mercado produzindo apenas quando é conveniente, comprometer a segurança, saúde, meio ambiente e qualidade com redução das manutenções preventivas e, por último, ameaçar o Estado com demissões massivas.

Não há vantagem para a Petrobras na venda desses ativos, nem para a população que pagará mais caro pelos derivados, nem para os empregados que correrão mais riscos por menores salários, e nem para o Governo, que perde arrecadação e tem que intervir para evitar desabastecimento e aumento da inflação.

Reiteramos que a Grepar é uma empresa de papel que não atende ao perfil exigido no teaser de venda da Lubnor, sem experiência na fabricação de asfalto e lubrificantes, que não tem compromisso em garantir o abastecimento e que pode gerar um risco enorme para a população de Fortaleza, tanto em segurança para a população do entorno, como para o turismo e arrecadação do Estado devido ao perigo de contaminação ambiental de nossas praias.

Isso fora o risco de fechar as portas em 2027, demitindo todos os empregados, desabastecendo Fortaleza e região metropolitana de gás de cozinha apenas para faturar vendendo o terreno da Lubnor para especulação imobiliária.

Sr. prefeito Sarto, não autorize a venda dos 30% do terreno da Lubnor que pertencem à prefeitura. Sr. governador Elmano, reúna a base de deputados estaduais, federais e senadores. Trace esforços para impedir esses riscos ao Ceará. Sr. Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, não aceite continuar com a venda iniciada por Bolsonaro no apagar das luzes e faça cumprir a promessa e compromisso do presidente Lula com nosso estado.
Lubnor fica no Ceará!