A FUP e seus sindicatos aprovaram um calendário de lutas, com paralisações, estado de greve, ações políticas e jurídicas, para impedir que a gestão da Petrobrás dê prosseguimento às privatizações, conforme anunciou na última sexta-feira, 17.

Com quase três meses de governo Lula, a diretoria e o Conselho de Administração da empresa ainda seguem ocupados por indicados de Bolsonaro, que correm contra o tempo para concluir as vendas de ativos e boicotam as propostas de reconstrução da estatal.

Ao retomar a venda da Lubnor (CE) e dos polos de produção do Rio Grande do Norte e do Espírito Santo, a Petrobrás vai na contramão da orientação dada pelo governo Lula, via Ministério das Minas e Energia, para que a empresa interrompa as privatizações. Em documento enviado à estatal no dia primeiro de março, o MME solicitou a suspensão por 90 dias da venda dos ativos que estão em andamento.

A FUP e seus sindicatos estão acionando o governo para que cumpra o seu papel de acionista controlador da estatal e oriente os indicados da União no CA a votarem pela suspensão das privatizações.

Durante a paralisação nacional da categoria petroleira na sexta, 24, os sindicatos iniciarão assembleias para que os trabalhadores avaliem a aprovação de estado de greve contra qualquer tentativa de privatização de ativos da Petrobrás no governo Lula.

O projeto que foi eleito nas urnas foi o de reconstrução do Sistema Petrobrás e não de continuidade do desmonte.

É inadmissível que os bolsonaristas sigam entranhados na gestão da empresa, inviabilizando e boicotando o programa de governo que foi aprovado nas urnas. E, enquanto isso, continuem sendo “premiados” pelo PPP por “facilitar” a privataria e, assim, baterem as metas que lhes garantem polpudos e imorais superbônus.

Estamos falando de gestores que entregaram ativos estratégicos da Petrobrás a preço de banana, em negociações suspeitas, mas seguem ilesos e, ainda por cima, no comando da estatal.