A FUP e seus sindicatos realizaram nesta segunda-feira, 18, uma grande ato unificado contra a privatização da Regap, que está sendo vendida pela Petrobrás a preço de banana e sem qualquer transparência
“A nossa luta na grama por si só não vence a privatização, mas ela que constrói uma Petrobrás com um projeto popular a longo prazo”, afirmou o coordenador geral do Sindipetro/MG, Alexandre Finamori, na abertura do ato nacional contra a venda da Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, ocorrido na manhã desta segunda-feira (18/07). O ato contou com a participação de representantes de 13 sindicatos de petroleiros do país, Federação Nacional dos Petroleiros (FUP) e Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), centrais sindicais (CUT e CSP Conlutas), além de movimentos populares e parlamentares.
Além da mobilização em Minas Gerais, também houve atos contra a venda da Regap em diversas bases da FUP, como a Lubnor, no Ceará, a Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, a Refinaria de Capuava, em Mauá/SP, a Refinaria Duque de Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense (RJ), a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul, entre outras.
O ato na Regap foi transmitido ao vivo pelas redes da FUP, dos sindicatos e dos parlamentares e movimentos sociais que participaram do protesto.
Deyvid Bacelar, coordenador geral da FUP, e Adaedson Costa, coordenador geral da FNP, denunciaram os impactos da venda das refinariais da Petrobrás, e, particularmente, da Regap, que produz 66% da gasolina e 52% do diesel consumidos pelo povo de Minas Gerais.
Petroleiras e petroleiros da ativa, em estado de greve, e aposentados além das diversas entidades presentes manifestaram repúdio às privatizações de refinarias da Petrobrás e reforçaram a importância da Petrobrás ficar em Minas. “Para evitar que processo de privatização avance com a assinatura, que é o primeiro passo, precisamos estar em luta e resistência. E é importante que esse debate seja levado para àqueles companheiros que não participaram das assembleias e desse ato, para que todos se unam à essa luta e que cada trabalhadora e trabalhador também compreenda o seu papel até o dia 2 de outubro”, reforçou o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar. A FUP vem alertando que, se o governo e o Congresso Nacional derem andamento a qualquer proposta de privatização da Petrobrás, o país enfrentará a maior greve da história.
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O coordenador do Sindipetro MG, Alexande Finamori, lembrou “que não tem debate técnico sobre a privatização da Petrobrás, é uma escolha política, que vem desde o golpe de 2016. A Petrobrás tomou a decisão de não servir mais à população, mas de servir aos acionistas”, destacando que a Regap é responsável por 7% do refino nacional e que a privatização vai deixar os combutíveis ainda mais caros, como aconteceu com a refinaria da Bahia, a Rlam, após a privatização.
“Não vamos admitir mais nenhuma privatização. A Regap é nossa. A Regap fica. A Regap é do Brasil”, Adaedson Costa, afirmou o Coordenador geral da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), que também apoiou o ato no gramado da refinaria. Também participou do ato na Regap a pretroleira Miriam Cabreira, presidenta do Sindipetro\RS. “As refinarias são extremamente importantes para manter a Petrobrás integrada e para fazer com que ela possa voltar a servir o povo brasileiro. É por isso que estamos na luta pela Regap, mas também pelas outras refinarias também estão colocadas à venda, como a Refap, Repar e RNEST”, disse.
Na avaliação do coordenador do Sindipetro/MG, Alexandre Finamori, o ato foi muito importante para mostrar a unidade da luta da categoria. “Reafirmou a nossa energia de luta em defesa da Regap e, também, foi um espaço de denúncia para a sociedade, mostrando os prejuízos da privatização”, afirmou.
Os trabalhadores do Sistema Petrobrás estão em estado de greve e aprovaram parar suas atividade por tempo indeterminado, a qualquer momento, a partir de indicação da FUP, caso o governo Bolsonaro leve adiante sua intenção de apresentar ao Congresso Nacional proposta de privatização da Petrobrás.
“A FUP vem alertando que, se o governo e o Congresso Nacional derem andamento a qualquer proposta de privatização da Petrobrás, o país enfrentará a maior greve da história”, afirmou o coordenador da FUP,. Deyvid Bacelar.