Professora de direito constitucional, Eloísa Machado analisa acusações de Sergio Moro contra o presidente. Nesta entrevista, ela também avalia a gestão do ex-ministro da Justiça no governo

Já há indícios para que o presidente Jair Bolsonaro seja investigado por suspeitas de ter cometido crimes, a partir de acusações feitas por Sergio Moro, ex-ministro da Justiça, na sexta-feira (24). Uma eventual denúncia, porém, esbarra na “subserviência” que o procurador-geral da República, Augusto Aras, tem demonstrado ao Palácio do Planalto.

É o que diz a professora de direito constitucional da FGV-SP Eloísa Machado. Nesta entrevista ao Nexo, ela comenta as suspeitas de interferência de Bolsonaro na atuação da Polícia Federal. Afirma que o presidente dá claros sinais de que está tentando proteger sua família – seu filho Carlos Bolsonaro, vereador do Rio, é suspeito de coordenar o chamado “gabinete do ódio” do Palácio do Planalto, uma estrutura usada para atacar desafetos via uma rede digital de fake news.

Eloísa Machado também critica a atuação de Sergio Moro como Ministério da Justiça, durante os quase 16 meses em que se manteve no cargo do governo Bolsonaro. Para a professora, o ex-juiz da Lava Jato falhou em suas políticas de combate ao tráfico, de tratamento de presidiários durante a pandemia do novo coronavírus e também na condução da questão indígena.

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