Nós trabalhadores petroleiros estamos parados, desde primeiro de fevereiro. Lutamos por nossos empregos, defendemos as nossas famílias contra as demissões e a venda fatiada da Petrobras e estamos do lado de toda a população brasileira que construiu esta empresa e tem sofrido com os preços altos dos combustíveis. É com nosso trabalho e esforço da população brasileira que descobrimos, produzimos petróleo e transformamos em derivados nas refinarias.
O Brasil está parado! Os preços altos dos combustíveis ameaçam a economia das famílias, dos pequenos e grandes empresários e dos caminhoneiros. O desemprego e o subemprego aumentam a cada dia, parte da população voltou a cozinhar na lenha com o bujão de gás a R$ 80. Mas não precisa ser assim.
Com a descoberta e exploração dos campos do pré-sal, temos petróleo suficiente para abastecer nossa população e ainda exportar. Para reduzir os preços dos combustíveis é necessário utilizar a plena capacidade das refinarias nacionais. É isso que nós trabalhadores petroleiros queremos. Queremos trabalhar para vender derivados a preço justo para nossa população e, com isso, fazer o Brasil voltar a crescer.
Ao invés disso, o governo federal e a atual gestão da Petrobrás, junto com as petroleiras estrangeiras, escolheram o caminho do lucro alto e praticar preços internacionais para os brasileiros. Mandaram reduzir o volume de petróleo enviado para nossas refinarias – chegando a dar prejuízo e demitir nossos trabalhadores – para depois mandar nosso petróleo para fora, para ser refinado lá. Depois, para atender a procura dos brasileiros, importa combustíveis mais caros, em dólar.
Quem perde é o Brasil e os brasileiros, que estão pagando mais caro pela gasolina, gás e diesel, que podem ser produzidos aqui com o trabalho dos brasileiros. Para desviar a atenção e com os brasileiros reclamando dos preços, Bolsonaro propõe, de modo irresponsável, uma guerra do ICMS com os governadores, o que irá retirar recursos da saúde, da educação e segurança. É dos impostos que pagamos que vem os recursos para estas áreas.
As refinarias nacionais estão operando a apenas 67%. Para que os preços dos derivados possam cair. Queremos que opere a 100% da capacidade, o fim das exportações de petróleo cru e a importações de derivados!
*Petroleiros do Ceará.