Recebidos de forma fria por trabalhadores que constroem e engradecem diariamente a Petrobrás, a atual diretoria da empresa, que apenas destrói o patrimônio nacional, realizou uma ‘palestra’ com o intuito de desviar o foco sobre privatização na manhã desta terça-feira (09).

O evento, que aconteceu sem comunicação prévia aos trabalhadores, revelou a tática de comunicação da direção em dificultar que a categoria elabore perguntas e tire dúvidas, mostrando que a intenção não é esclarecer, mas apenas defender o plano de privatização da empresa.

Anelise Lara, diretora executiva de Refino e Gás Natural; Elza Kallas, gerente executiva da Industrial; e Daniel Pedroso, gerente executivo, revezaram-se, entre explicações mal dadas e gaguejos, na tentativa fracassada de explicar as opções dadas aos ouvintes: mudança forçada para empresa privada, demissão voluntária ou (alguns pouquíssimos) terão uma possível transferência para qualquer lugar do Brasil.

A explicação do desserviço promovido por esses diretores, em percorrer o Brasil desinformando os trabalhadores a anunciando o desmonte da Petrobrás tem um preço: R$ 1,041 bilhão em bônus que serão pagos nos próximos dias para um seleto grupo de colaboradores. Se a empresa reajustasse os salários em 4%, que é a projeção da inflação acumulada entre setembro de 2018 e agosto de 2019, gastaria R$ 800 milhões durante um ano inteiro. Mas optou por desviar para o PRVE.

“Desinvestimento” foi o termo nada aceito pela base, que tilintava moedas nos bolsos, desconcertando os nervosos palestrantes presentes, diretores despreparados cuja única função atual é desmontar a empresa.

Jorge Oliveira, presidente do Sindipetro CE/PI, que distribuiu camisas Em Defesa da Lubnor antes do evento, ao responder os diretores entreguistas não mediu palavras em defesa da categoria e da soberania nacional. “Vocês parecem banqueiros, não se importam com as pessoas, com a sociedade, só pensam na questão de dinheiro. Os empregados queriam ouvir outras coisas: como ficariam a situação, AMS, Petros… O que os trabalhadores dirão para as suas famílias quando chegar em casa? É isso que queremos ouvir aqui”, disse.

A resposta é única: Greve. Uma grande greve geral é a única forma de barrar o desemprego, o entreguismo e o desmonte da empresa.