Castellano, diretor da Federação Única dos Petroleiros concedeu entrevista ao programa semanal do Sindipetro ‘Nação Petroleira’ e esclareceu o impasse da Participação de Resultados.
NAÇÃO PETROLEIRA – Porque a Petrobrás insiste em não pagar a PR da Araucária?
A Araucária era uma estatal até 1993 e foi privatizada no governo Itamar Franco, voltando ao Sistema Petrobrás em 2013. Durante o golpe, infelizmente, todo o processo de incorporação parou. A direção da Petrobrás vem tendo uma prática de retaliação com a Araucária, que isso pode refletir mais tarde nas demais unidades, como a Transpetro, por exemplo – Uma vez que ela já pagou em outros anos e agora ela alega que essa Unidade está fora do Sistema Petrobrás. Insisto em dizer que isso faz parte de todo o processo de desmonte da Petrobrás, que nada mais é do que um acumulo do golpe que foi dado em 2016.
Não é nem a questão de valores, e sim a prática, porque se aceitarmos isso hoje, a direção da Petrobrás vai cada vez mais insistir na segregação, cada vez dividindo mais a categoria. Temos que fazer todos os acordos de forma coletiva e com unidades fortes, sem deixar companheiro para trás. Se hoje aceitarmos a segregação da Araucária, amanhã vamos ter que aceitar todas as segregações. Isso vale para qualquer situação e qualquer categoria, a unidade da luta tem que ser dos trabalhadores.
NAÇÃO PETROLEIRA – Há um prazo limite para que esse impasse seja resolvido?
Foi tirado como resolução no VII Plenafup que enviaríamos esses dados adicionais sobre a prática que entendemos que é injusta, mas teremos ações mais concretas e incisivas sobre isso. Se for o caso, iremos para uma greve nacional para que a empresa cumpra isso. Estamos conversando com o RH e esperamos o retorno, não de
braços cruzados. Estamos fazendo ações para que isso ocorra.