O Sindicato dos Petroleiros do Ceará/Piauí convoca os trabalhadores de todo o Ceará para a “Marcha da Esperança”, que marcará no Ceará o Dia Nacional de Luta contra as Reformas Trabalhista e da Previdência. A atividade acontecerá no dia 10 de novembro de 2017, com concentração às 8h na Praça da Bandeira, no Centro de Fortaleza.

Pela tarde, a categoria deverá marcar presença em massa no lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional. O evento, que percorre vários estados, ocorrerá no próximo dia 10, às 14 horas, na Assembleia Legislativa. Segundo o Jornal O Povo, virão o presidente da frente, senador Roberto Requião (PMDB/PR), e o deputado federal Patrus Ananias (PT/NG), que é o secretário-geral. O ato reunirá deputados federais e estaduais, lideranças dos movimentos sociais e terá a presença de Ciro Gomes, na condição de advogado e não como presidenciável, informa a organização. O lançamento dessa frente foi pedido por Elmano de Freitas (PT).

SOBRE A MARCHA DA ESPERANÇA

O ato será um movimento unificado das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e das Centrais Sindicais: Central Única dos Trabalhadores no Ceará (CUT-CE), Central Sindical e Popular (CSP Conlutas), Central dos Trabalhadores do Brasil no Ceará (CTB-CE) e Intersindical. A atividade será realizada na véspera da data em que passará a vigorar a reforma trabalhista, que liquida direitos dos trabalhadores e enfraquece suas organizações.

A marcha também combate o desmonte do Estado, rechaçando projetos aprovados que atingem em cheio o setor público, como a Emenda Constitucional (EC) 95/16, que congela investimentos públicos por 20 anos, e a terceirização em todas as atividades econômicas, que precariza ainda mais as relações de trabalho. Embora a EC esteja prevista para entrar em vigor a partir de 2018, na prática ela já está valendo, com a redução de recursos que chegam aos municípios.

Golpe Trabalhista

Aprovada a toque de caixa e sem nenhuma consulta à população, a Reforma Trabalhista é classificada pela presidenta da Fetamce como um “Golpe Trabalhista”, tendo em vista que, entre os desastres provocados, substitui o contrato de trabalho por prazo indeterminado pelo temporário, o que implica na perda do direito ao aviso prévio, da multa do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e das férias, além disso, ameaça os cargos públicos, que podem substituídas por terceirizados.