Um motorista e um supervisor de operação da Base da Transpetro Maracanaú foram assaltados e feitos reféns por três assaltantes no dia 18/11, quando faziam manutenção na válvula XV-210, no município de Caucaia (CE).

O supervisor e o motorista foram abordados por três assaltantes, que os conduziram para dentro do veículo que estava sendo utilizado pelos trabalhadores e os levaram até a região do Pecém (próximo a linha férrea), onde foram liberados pelos assaltantes, que levaram o carro, tablets e celulares e exigiram que não fosse comunicado nada à polícia antes das 16h.

Após solicitações do Sindipetro CE/PI de reunião com a gerência local para tratar sobre o problema, diretores conseguiram se reunir com a gerência da Malha NES, a gerência Setorial e representante do RH no dia 15/12/2015.

Na reunião, foi informado que o supervisor foi orientado a registrar o Boletim de Ocorrência e que o GAPRE/Segurança Corporativa havia sido comunicado para registro (compor a estatística) e que a empresa nada mais fez, pois segundo a gerencia, este tipo de situação é um problema de segurança pública.

A gerência informou que foi registrado um Boletim de Ocorrência como um roubo sem lesão. Não foi apresentada nenhuma evidência deste registro e não houve pleno entendimento de que houve sequestro. Até aquele momento também foi informado que não houve registro no SIGA (Sistema Integrado de Gestão de Anomalia).

Ao ser questionado sobre o que a Transpetro iria fazer após esta ocorrência, o gerente da malha informou que não há o que fazer e que mesmo que se colocasse uma escolta armada, tal escolta seria mais um atrativo para novos assaltos. Acrescentou que ocorreu um caso bastante semelhante na semana seguinte numa parada operacional em Alagoas numa válvula do GASALP, em que três assaltantes abordaram os trabalhadores e levaram pertences e valores, porém não houve sequestro.

A gerencia da malha, ao ser questionada sobre a falta de divulgação deste assunto, inclusive ao representante ao representante do RH presente na reunião informou que tomou conhecimento do fato no dia anterior, informou que o GAPRE, o SMS, o gerente geral e a alta direção da empresa foram comunicados e que pelo entendimento deles não havia mais nada a ser feito em relação a este caso, pois na visão deles foi apenas uma fatalidade que poderia ter ocorrido com qualquer pessoa, não foi um ataque direto à Transpetro.

Perigo de assaltos continuará para motoristas

Durante a reunião também foi questionado a orientação gerencial que impede que os motoristas contratados permaneçam dentro dos pontos notáveis, sendo obrigados a ficarem do lado externo do portão, sozinhos e expostos ao risco de novos assaltos, pois a maioria dos pontos notáveis são em regiões ermas. A gerência informou que esta foi mais uma decisão da alta direção e que está sendo adotada em todas as Transpetros do Brasil, por questões de redução de custos, visto que desta forma descaracteriza, segundo informou a gerencia, a necessidade de pagamento de adicional de periculosidade.