Voltar às ruas e aderir à paralisação nacional convocada pela CUT, CTB e outras centrais sindicais para a próxima quarta-feira, 15. Essa será a resposta dos trabalhadores aos ataques da direita, da mídia e dos empresários que de tudo fazem para acabar com direitos históricos e conquistas sociais, empurrando o país para um grave retrocesso político. Os trabalhadores exigem a retirada do Projeto de Lei 4330, que libera a terceirização para as atividades-fim em todas as modalidades de trabalho, inclusive no setor público.

O projeto, considerado o maior ataque aos direitos trabalhistas já ocorrido no país,  foi aprovado na Câmara dos Deputados, numa sessão a portas fechadas, conduzida pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), que impediu o acesso dos trabalhadores. Apenas as bancadas do PT, do PCdoB e do PSOL votaram contra. Na terça-feira (14), os destaques apresentados pelos partidos serão apreciados pelos parlamentares e depois o PL 4330  segue para o Senado, onde será submetido às comissões antes de ser votado. Se houver alguma modificação no Senado, o projeto volta para a Câmara. Se for aprovado no Senado, vai para a sanção presidencial.

Para impedir que o PL 4330 siga adiante, os sindicatos realizarão no dia 15 paralisações nos locais de trabalho e manifestações públicas. Essas mobilizações integrarão o dia nacional de lutas convocado pelos movimentos sociais e organizações de esquerda contra o retrocesso e o golpismo. Na convocatória para os atos que serão realizados nas principais capitais do país, as entidades ressaltam que “é fundamental construir uma agenda política alternativa que combata as propostas da direita e que ao mesmo tempo defenda os direitos dos trabalhadores”.

“Vivemos um momento de descontentamento social e grande polarização política no país. De um lado uma contra-ofensiva conservadora, com manifestações que tentam canalizar essa insatisfação para uma agenda de retrocesso. Elas tiveram eco no Congresso Nacional – que tornou-se um reduto do atraso político, sob o comando de Cunha e Renan Calheiros – e pautou propostas como a redução da maioridade penal, o PL 4330 da terceirização, a lei antiterrorismo, a autonomia do Banco Central e a PEC da Corrupção, que legaliza as doações empresariais para as eleições”, alerta o manifesto.

Fonte: FUP