Os Petroleiros exigem uma punição totalmente exemplar a todos os corruptos. Não deve haver perdão de forma alguma, para quem quer seja, pra qualquer partido que seja. Os valores roubados devem ser devolvidos e os corruptos severamente punidos. Porém, nosso intuito, enquanto trabalhadores, é de preservar e fortalecer um patrimônio que pertence ao povo brasileiro: a nossa Petrobras.

O maior problema enfrentado pela Petrobras se chama “terceirização”, quando a Companhia contrata empresas privadas para realizar determinadas atividades, é a partir desse modelo de contratação é gerada brechas para a corrupção. Por isso, o movimento sindical petroleiro vem criticando, há anos, a desenfreada política de terceirização e o modelo de contratação de serviços adotados pela Petrobrás desde a década de 90.

Dessa forma, o processo de investigação em curso na Petrobrás precisa produzir outros desdobramentos além dos esperados inquéritos policiais. A Companhia é a maior empresa da América Latina e o mais valioso patrimônio do povo brasileiro, construído com a inteligência e o suor de muitas gerações, jogando papel estratégico para o desenvolvimento soberano da Nação. Da situação atual, por consequência, a Petrobrás precisa sair fortalecida, se livrar das empreiteiras e ser gerida com transparência pelos próprios trabalhadores e pela sociedade.

Não aceitamos, portanto, qualquer tentativa de manipulação tendenciosa, parcial e seletiva dos processos de investigação e apuração em andamento. Da mesma forma, não admitiremos que segmentos sociais que sempre tentaram enfraquecer a Petrobras, agora venham posar de vestais para confundir a opinião pública, a fim de tirar proveito político da situação e favorecer grupos interessados em abocanhar as riquezas nacionais, particularmente, o Pré-sal.

Contra a apropriação privada, a fraude e os atos lesivos ao patrimônio nacional, defendemos a reestatização da Petrobrás. Queremos uma empresa com gestão democrática e transparente, e que mantenha instrumentos capazes de permitir amplo e rigoroso controle social. A Petrobrás pertence ao povo brasileiro e os petroleiros continuarão na linha de frente para que ela seja revigorada e continue a crescer, ajudando o País a ingressar em um novo ciclo de desenvolvimento, com valorização do trabalho e justiça social.

O que há por trás de todo esse “escândalo” da Petrobras é muito simples de se entender: os ataques sofridos pela Petrobrás neste momento têm relação direta com o potencial do Pré-sal, avaliado em R$ 20 trilhões. Eles querem também a petrobras, maior empresa da América Latina, patrimônio do povo brasileiro que gera 85 mil empregos diretos e 340 mil indiretos, além de alimentar uma cadeia produtiva totalmente para o Brasil de Norte a Sul não pode pertencer a um grupo de bilionários. De uma taca só, e aliada à grande imprensa para formar a opinião pública, empresários nacionais e estrangeiros, querem a todo custo, toda essa riqueza para o bolso deles. Mas nós, trabalhadores e a sociedade civil, não devemos deixar que essa riqueza seja privatizada, nem o Pré-sal, nem a Petrobras.

Não aceitamos, de modo algum, moldagens e manipulações à opinião pública para que a Petrobras ou o pré-sal saia das mãos do povo brasileiro, e é isso que estão tentando fazer com que aconteça.

A solução para toda essa corrupção, entretanto, é tornar a Petrobras totalmente estatal novamente, longe de contratos com empreiteiras, e gerida pelos trabalhadores com transparência civil, sem indicações políticas

Multinacionais do Setor Petróleo estão ávidas, aproveitando um momento de fragilidade, pela oportunidade de saquear as riquezas do Brasil. Mais uma vez, portanto, o povo brasileiro é chamado a defender o Brasil. A Petrobrás não é corrupta. A Petrobrás é vítima de corruptos e de corruptores. E os petroleiros estão entre os maiores interessados na apuração completa, em todas as suas consequências, dos casos denunciados.

O atual cenário mostra-se até mesmo promissor como oportunidade para desenvolver mecanismos que aprimorem os controles sociais sobre a empresa. Não é aceitável que a opinião pública, induzida pelo noticiário, passe a acreditar que todo corpo de funcionários da empresa seria formado por saqueadores do patrimônio da empresa.

É preciso, portanto, enfrentar com vigor qualquer intenção entreguista que queira se aproveitar deste momento delicado pelo qual passa a Petrobrás. Pelo país, pela Petrobrás e pelo Pré-sal, estejamos todos mobilizados e atentos. O Brasil pode e deve sair mais fortalecido dessa crise.

Sindipetro CE/PI – Diretoria Transparência e Ação