A FUP apresentou à Petrobrás e subsidiárias a pauta salarial dos petroleiros na tarde desta quarta-feira, 27.  Conforme aprovado no XVI Confup, a categoria reivindica 5,5% de ganho real, além da reposição da inflação dos últimos 12 meses, conforme o ICV/Dieese, cuja estimativa é de 6,87%.  A campanha deste ano trata somente das reivindicações econômicas, já que as demais cláusulas do Acordo Coletivo têm validade de dois anos e, portanto, só serão negociadas na campanha reivindicatória de 2015.

Veja aqui a íntegra da pauta.

APOSENTADO E PENSIONISTA: veja qual parte da proposta de ACT lhe interessa 

 

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Durante a entrega da pauta, a FUP cobrou a renovação do termo de manutenção de data base e o adiantamento da reposição da inflação, conforme tem sido praticado nas últimas campanhas reivindicatórias.  Os dirigentes sindicais também cobraram o cumprimento das cláusulas do atual Acordo Coletivo que continuam com pendências, como a que trata da extensão a todos os aposentados e pensionistas do pagamento dos níveis recebidos pela ativa em 2004, 2005 e 2006 (cláusula 181) , e as que dispõem  sobre questões relativas a regimes e jornada de trabalho (cláusulas 105, 106 e 115).

Antes de protocolar a pauta salarial, a FUP protestou contra a ocorrência de mais um acidente fatal no Sistema Petrobrás, que vitimou um operador da Reman de apenas 26 anos, que havia sido admitido há apenas 14 meses na empresa.  Os dirigentes tornaram a criticar duramente os programas de reestruturação da empresa, como Procop, PIDV, Plafort e Mobiliza, que buscam a otimização da produção,  através da redução de custos e de efetivos.  A FUP reiterou que esses programas da empresa violam o Acordo Coletivo de Trabalho e aumentaram consideravelmente os acidentes, principalmente nas refinarias.

Os dirigentes sindicais alertaram novamente os gestores da Petrobrás para o risco da empresa voltar a repetir tragédias do passado, como as explosões que afundaram a P-36 e mataram 11 trabalhadores em 2001 e o acidente com a plataforma de Enchova, há 30 anos,  onde 37 petroleiros morreram.  A FUP reiterou que a garantia de saúde e segurança para todos os petroleiros, a recomposição dos efetivos próprios e a igualdade de direitos para os trabalhadores terceirizados continuarão pautando as lutas da categoria. “Essa é uma pauta que vamos perseguir dia após dia. Não vamos dar sossego a vocês enquanto não garantirmos uma nova política de saúde e segurança”, enfatizou o coordenador da FUP, José Maria Rangel.

Ato dia 02 marcará lançamento da campanha salarial

Caravanas com petroleiros de várias bases da FUP chegarão ao Rio de Janeiro na próxima terça-feira, 02, para participarem do ato nacional que marcará o início da campanha salarial da categoria. Além de reforçarem as reivindicações por saúde e segurança, os trabalhadores cobrarão a extensão para os aposentados e pensionistas dos níveis conquistados pelos petroleiros da ativa nos Acordos Coletivos de 2004, 2005 e 2006. Na campanha reivindicatória do ano passado, a Petrobrás se comprometeu a buscar junto com a Petros uma solução para essa demanda histórica dos assistidos do Plano Petros, conforme garante a Cláusula 181 do ACT.

Até agora, no entanto, a extensão dos níveis foi garantida somente para os cerca de três mil aposentados e pensionistas com ações judiciais que já foram transitadas em julgado e executadas. Os demais assistidos que pleiteiam a correção de seus benefícios (cerca de 30 mil petroleiros e pensionistas) continuam sem uma solução da Petrobrás, que alega dificuldades jurídicas, usando como argumentos pareceres de suas assessorias e da Petros.  A FUP exige que a Petrobrás cumpra o que foi acordado e garanta a extensão dos níveis para todos.

Fonte: FUP