Repúdio ao Golpe de 64 foi o principal eixo da noite no primeiro dia de Congresso

“De pé, ó vítimas da fome, de pé famélicos da terra (…)”. Foram assim, com o hino da Internacional, iniciadas as primeiras atividades do XXIX Congresso Estadual do Sindicato dos Petroleiros do Ceará e Piauí.  Seguido pelo Hino Nacional Brasileiro, o evento, que teve início na noite de ontem (11), contou com a presença de diversos movimentos sociais, estudantis, centrais e parlamentares que lotaram o auditório.

O Congresso esse ano tem o tema “Trabalhadores Unidos contra a tercerirização” e teve seu primeiro momento unificando militantes sob a temática “Petroleiros exigem punição aos assassinos da Ditadura”, onde contou com a palestra do coordenador nacional do movimento Memória, Verdade e Justiça, Edival Nunes Cajá.

O presidente do Sindipetro CE/PI, Oriá Fernandes, disse estar muito satisfeito com essa parceria entre sindicatos e movimentos sociais. “Estou muito feliz como petroleiro, como trabalhador, de ter essa presença tão massiça em nosso sindicato. Todos sejam bem vindos ao nosso Congresso, que há anos não era tão representativo como está sendo hoje, o auditório até ficou pequeno. Estou realmente muito satisfeito”, disse.

Para compor a mesa, estavam presentes o ex-guerrilheiro da ALN e membro do Movimento Memória, Verdade e Justiça, Silvio Mota; o coordenador do Movimento Lulta de Classes (MLC), Marcos Vinícius; Francisco Gomes Sobrinho, representando a Central Ùnica dos Trabalhadores (CUT-CE); João Antonio de Moraes, coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP); Luana Mota, diretora regional da Federação Nacional dos Estudantes de Escolas Técnicas; Katherine Oliveira, da União Nacional dos Estudantes (UNE); e Josivaldo de Oliveira, do movimento nacional dos atingindos pelas barragens (MAB).

 “Acontecer esse Congresso, que é um dos últimos que antecedem o Congresso da FUP agora em agosto, me sinto especialmente contemplado por estar aqui entre vocês e os demais movimentos sociais. Essa categoria tem a noção com a riqueza com a qual trabalhamos e a importância dela para a soberania nacional”, disse Moraes.

Para Marcus Vínicius, foi importante a abertura do Congresso colocar os debates de nível nacional e internacional junto a diversos movimentos sociais. “Estou muito feliz em ver que nossa categoria, a dos petroleiros é uma categoria aberta a participação popular, mostrando que nossa categoria está aliada a diversos movimentos sociais. Todos juntos devem construir a luta não só em benefício da própria categoria, mas de toda a sociedade”, ressaltou o militante do MLC.

Estavam presentes também presentes no Congresso:

Vereador Ronivaldo Maia e Deputado Estadual Antonio Carlos (Partido dos Trabalhadores);
Movimento de Luta dos Bairros, Vilas e Favelas (MLB);
Movimento Organizado pelos trabalhadores e trabalhadoras Urbanas (BOTU);
União dos Estudantes Secundaristas da Região Metropolitana (UESM);
Sindicato dos Trabalhadores da Limpeza Urbana (SindLimp-CE);
Movimento de Mulheres Olga Benário;

No final, houve uma cultural com um grupo musical na própria sede do Sindipetro, churrasco e feijão verde.