Programação deste 1º de maio, contou com realização de audiência pública, de caminhada e de carreata, em Fortaleza, além de atividades realizadas em mais 8 regionais do Ceará.

Escrito por: Camila Carvalho (Ass. de Comunicação da CUT-CE) 

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Uma multidão vermelha tomou conta das ruas do Centro de Fortaleza. A caminhada, realizada na última quarta-feira (30/04), saiu da Praça da Bandeira e percorreu as ruas do Centro com destino a Praça do Ferreira. Com o tema “Fortalecendo a democracia para manter direitos e avançar nas conquistas”, os trabalhadores se organizaram simbolicamente, em oito alas durante a caminhada. Cada ala representou bandeiras da pauta de reivindicações, como Reforma agrária, Já!, Educação, Igualdade de oportunidades, Pela reforma do sistema político, Trabalho Decente, Redução da jornada de trabalho, Queremos Paz e Ditadura nunca mais.Trabalhadores ligados aos 13 ramos de atividade econômica organizados na CUT, representações dos movimentos sociais, populares, e sociedade civil participaram da caminhada.  O Presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, Paulo Cayres, parceiro na mobilização realizada no Ceará, prestigiou o evento. Segundo ele, a CUT representa a classe trabalhadora e no 1º de maio a maior Central da América Latina e a 5ª maior do mundo se uniu e deu um exemplo de solidariedade de classes com o objetivo de fortalecer toda a classe trabalhadora.

“Estamos discutindo além do ramo dos metalúrgicos. Estamos discutindo todos os ramos. A CUT dá hoje mais um exemplo de luta em defesa dos direitos da classe trabalhadora. O 1º de maio é o momento dos trabalhadores lutarem.Claro, que temos razões também para festejar, principalmente, comemorar o que foi construído com luta, como os 20 milhões de empregos gerados durante o atual projeto político. Mas esse o momento tem que ser marcado, prioritariamente, por todas as bandeiras da CUT”, ressalta.

Presidenta da CUT-CE, Joana Almeida, destacou que o 1º de maio traz a pauta de reivindicações formada tanto por bandeiras históricas, como também imediatas.  “Neste ano, nos organizamos em alas por queremos chamar a atenção da sociedade para todos os itens da pauta da classe trabalhadora. Essas atividades realizadas neste 1º de maio, desde a audiência pública no dia 28 de abril, a caminhada neste dia 30 e a carreata no dia 1º, reforçam a pauta que consideramos fundamental para garantir uma vida digna para todos os trabalhadores e trabalhadoras”, defende.

Entre os itens da pauta de reivindicações, a presidenta da CUT-CE ressaltou a importância da reforma política e da realização do plebiscito popular.  A proposta de reforma foi pautada, mas foi retirada da pauta do Congresso Nacional. “Nós iremos fazer um plebiscito popular para que as pessoas digam o que acham do assunto. A sociedade deve contribuir com esse debate, tem que opinar. Como poderia ser a reforma política? Qual a intervenção que nos devemos fazer?  O plebiscito é o momento para dizer se queremos ou não fazer a reforma política”, esclarece.

A Secretária de Relações do Trabalho da CUT, Graça Costa, ressaltou a regulamentação da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), um dos itens da pauta da classe trabalhadora.  A servidora pública esclareceu que a Convenção 151 representa o  reconhecimento do direito de negociação coletiva no setor público e a regulamentação do direito de greve.  “A luta pela ratificação da Convenção 151 é uma bandeira histórica. A Negociação Coletiva é um instrumento fundamental para a promoção da Igualdade de Oportunidades nas relações de trabalho, pois esta Convenção da OIT aplica-se a todas as pessoas empregadas pelas autoridades públicas (nos níveis municipal, estadual e federal) e se refere às garantias a toda organização que tenha por fim promover e defender os interesses dos trabalhadores da função pública”, defendeu.

Secretário de Organização e Política Sindical, Jacy Afonso,  que também esteve presente na mobilização, ressaltou a necessidade da reforma agrária para garantir a valorização dos agricultores familiares com a oferta de oportunidades. O secretário defendeu ainda a redução da jornada de trabalho. “O Brasil cresceu e se desenvolveu. Queremos então que seja reduzida a carga horária de 44 para 40 horas semanais, sem perdas salariais. Essa redução, além de beneficiar o trabalhador que vai poder ter mais tempo para o lazer, para a família e para investir em capacitação, também vai gerar benefícios para os desempregados, tendo em vista que pode gerar até 2 milhões de novos empregos”, explicou.

Carreata

Dando continuidade a programação do Dia do(a) Trabalhador(a), a CUT promoveu em parceria com a da Igreja São Francisco de Assis/Região São José – Pastorais Sociais e a Confederação Nacional dos Metalúrgicos CNM/CUT, um café compartilhado, seguido de uma grande carreata.No início da manhã, foi celebrada uma missa em homenagem ao Dia do(a) Trabalhador(a). Em seguida, todos se reuniram um café da manhã solidário. De acordo com o padre Bezerra, pároco responsável pela Igreja Santa Edwirges, toda a sociedade precisa refletir sobre os desafios enfrentados pela classe trabalhadora. “Neste feriado, vamos aproveitar para refletir sobre como podemos contribuir para construirmos uma sociedade mais justa”, esclareceu.

A programação foi encerrada com uma grande carreata, que saiu da Igreja Santa Edwirges, percorreu a Avenida Leste Oeste com destino à Praça 31 de março, na Praia do Futuro.  De acordo com o vice-presidente da CUT-CE, Wil Pereira, o 1º de maio foi vitorioso. “Em uma programação realizada em 3 dias, no dia 28 com Audiência Pública, no dia 30 com a grande caminhada e agora no dia 1º com essa carreata, conseguimos chamar a atenção da sociedade para a pauta da classe trabalhadora. O Dia do(a) trabalhador(a) é sim dia de comemorar, mas também é dia de reforçar a luta porque só lutamos conquistamos ainda mais vitórias”, comemorou.

PROGRAMAÇÃO REGIONAL – Para acessar as fotos das atividades realizadas no interior do estado, clique nos links abaixo.

– Ocara

– Canindé

– Icó