Fonte: Tijolaço

Em dezembro, o Tijolaço publicou alguns comentários sobre a descoberta dos primeiros indícios de petróleo em grandes profundidades, no litoral do Rio Grande do Norte e do Ceará.

Hoje, a Petrobras deu maiores informações sobre o poço pioneiro escavado na área conhecida como Pitú.

Os dados eram aguardados com expectativa porque aquela região corresponde, no litoral africano – de onde se separou há 200 milhões de anos, à plataforma continental da Nigéria, onde foram descobertas  grandes acumulações de petróleo leve e com baixo teor de enxofre, o que torna o óleo adequado para a produção gasolina automotiva.

Não parece que tenha sido á toa a decisão de instalar no Ceará a refinaria Premium 2 da Petrobras, não é?

O óleo encontrado em Pitu é de grau médio (24º API. ), a mesma gradação encontrada no campo litorâneo de Ebok-Okwok, na Nigéria. Mas diferentemente de lá, em grandes profundidades: 1.731 metros de lâmina d´água e 5.353  metros de profundidade total. A espessura da camada de rochas-reservatório foi mais que promissora: 188 metros. Ainda é muito cedo para qualquer conclusão segura, ainda mais com estes dado sendo guardados debaixo de sete chaves.

Mas é sintomático que a Petrobras tenha se desfeito de um parte deste bloco, o BM-17 da Bacia Potiguar, conservando sua participação de 805 nos blocos contíguos.

Com o caixa apertado por seu imenso portfólio de investimentos, pode ter aliviado a carga de despesas do prospecto inicial e, ao mesmo tempo, permitindo que ele avance mais rapidamente com os aportes da BP e da Petrogal-Sinopec ( Portugal e China).

Um segundo poço começará a ser perfurado, assim que  for proposto à ANP um Plano de Avaliação da Descoberta para a área.