O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e Via Campesina organizaram, na tarde da última quinta-feira (17), uma marcha no centro de Fortaleza para se exigir o cancelamento do leilão do petróleo. A concentração dos movimentos aconteceu na Praça da Gentilândia e seguiu até a Praça do Ferreira, no centro da cidade.

A mobilização faz parte da Jornada Nacional de Lutas da Via Campesina, que mobiliza diversos estados do Brasil, como Rio Grande do Sul, Pará, Brasília, Santa Catarina, Paraná e Bahia para manifestar repúdio ao leilão do campo de Libra, agendado para a próxima segunda-feira feria, dia 21.

Segundo um dos diretores do Sindipetro Ceará Piauí, Emanuel Antônio “o leilão é uma afronta a soberania. É uma riqueza que será entregue à petrolíferas estrangeiras e deve ser usado em benefício para melhorar as condições do povo”, disse, afirmando ainda que a Petrobras tem totais condições econômicas e de pessoal para operar Libra integralmente, não havendo assim necessidades de leilões.

A riqueza do campo de Libra é prevista em mais de 1,5 trilhão de dólares, o que poderia ser revertido em desenvolvimento e crescimento para o país. Por isso, os movimentos sociais se posicionam contrários à privatização, e reivindicam o monopólio da exploração do petróleo à Petrobrás.

A jornada no Ceará também pauta a soberania alimentar e energética do Brasil. No ato também estarão presentes a Central dos Movimentos populares (MCP), Levante Popular da Juventude e as Centrais Sindicais Conlutas e CGTB.

 

[nggallery id=24]