FUP

O dia 11 de julho de 2013 entrou para a história da classe trabalhadora brasileira. Como há muito tempo não acontecia, todas as centrais sindicais do país somaram força, resgatando a unidade nacional em torno de reivindicações que há mais de uma década estão na pauta dos trabalhadores, como o fim do fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho e o combate à precarização.

O Dia Nacional de Luta, que envolveu todas as centrais sindicais do país e diversos movimentos sociais, comprovou o imenso poder de organização da classe trabalhadora brasileira. Desde a madrugada, diversas categorias cruzaram os braços e tomaram as ruas do país para defender a pauta dos trabalhadores.

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Além de unificar os movimentos sindical e social em torno de reivindicações que estão na ordem do dia do povo brasileiro e, principalmente, dos trabalhadores do campo e da cidade, o Dia Nacional de Luta ocorre no momento em que a população tem a oportunidade histórica de aprofundar mudanças estruturais para garantir políticas públicas de qualidade e o fortalecimento do Estado.

Os petroleiros, que sempre estiveram na vanguarda das lutas sociais, mais uma vez atenderam ao chamado da FUP, pararam suas atividades em diversas unidades e saíram às ruas em defesa da democracia e da soberania.

Nos locais de trabalho ou nos atos públicos, a categoria petroleira se manifestou, principalmente contra os leilões de petróleo e o Projeto de Lei 4330, que aprofunda a precarização do trabalho terceirizado e coloca em risco direitos históricos da classe trabalhadora.

Seguindo o indicativo do Conselho Deliberativo da FUP, os trabalhadores do Sistema Petrobrás, próprios e terceirizados, realizaram paralisações de até 24 horas, suspensão de Permissões de Trabalho, atrasos no expediente, entre outras mobilizações nas unidades operacionais e administrativas. Os sindicatos também disponibilizaram ônibus para que os petroleiros se somassem às manifestações e atos públicos nas capitais e principais municípios do país.

 

VEJA AQUI A GALERIA DE IMAGENS DOS PETROLEIROS DA FUP NO DIA NACIONAL DE LUTAS

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Confira as paralisações e mobilizações dos petroleiros das bases da FUP em todo o país:

 

NORTE FLUMINENSE

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O movimento começou às 5h, quando os petroleiros, integrantes do MST e movimentos sociais interditaram a Ponte no Parque de Tubos, que faz ligação entre Rio das Ostras e Macaé. Foram colocados pneus e ateado fogo, entretanto a manifestação seguiu sem enfrentamento com a polícia e com falação dos representantes do movimento.

Nas plataformas da Bacia de Campos e unidades de terra, a orientação do sindicato é de suspensão e não emissão de Permissões de Trabalho por 24 horas. O NF convocou os trabalhadores do Parque de Tubos a participar da manifestação na Rodovia e a dar prosseguimento ao Dia Nacional de Luta nas praças Veríssimo de Mello e Washington Luis em Macaé, a partir das 9h.

RIO DE JANEIRO

O Sindipetro-RJ realizou um “trancaço” no Edita, Edise, Transpetro e em outras unidades da Petrobrás no Centro do Rio nesta manhã de quinta (11). Nos Terminais da Baia da Guanabara (TABG), na Ilha do Governador, os trabalhadores aprovaram greve de 24h. Além disso, houve uma manifestação na porta do Edise.

DUQUE DE CAXIAS

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Os trabalhadores de turno e do administrativo da Reduc, do Terminal de Campos Elíseos (Transpetro) e da Termoelétrica Leonel Brizola aderiram à paralisação de 24 horas, que teve início à zero hora desta quinta-feira. No início da manhã, os trabalhadores das três unidades fizeram um ato unificado em frente à Refinaria Duque de Caxias. Além dos petroleiros, também participaram do ato dirigentes do Sindicato da Construção Civil, integrantes do Movimento de Luta nos Bairros, da Associação Estadual dos Estudantes e Secundaristas e da União dos Estudantes de Duque de Caxias.

Na parte da tarde, os trabalhadores fortaleceram a passeata do Rio de Janeiro, que está prevista para começar às 15h, na Candelária e seguirá até a Cinelândia, na Av. Rio Branco, onde acontecerá o ato promovido pela CUT e demais centrais.

MINAS GERAIS

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A paralisação foi iniciada à meia noite na Regap, com cortes de rendição nos turnos, que terão a duração de 24h. O sindicato também disponibilizou ônibus para levar os petroleiros à manifestação de Belo Horizonte, que terá início às 10h, na Praça Sete, região central da capital mineira. De lá, os manifestantes saíram em passeata e participaram dos protestos em vários locais da cidade.

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SÃO PAULO

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A paralisação dos petroleiros começou na Replan, em Campinas, com o corte na rendição do turno das 23h30 de quarta-feira (10). Na  Recap, no ABC Paulista,  os petroleiros iniciaram o corte de rendição às 6h30 e realizaram um grande ato na porta da refinaria, juntando-se às demais categorias que aderiram o Dia Nacional de Luta. As categorias organizadas do ABC interditaram a principal via de ligação entre Santo André e Mauá. Na parte da tarde, os petroleiros e demais trabalhadores se somaram à manifestação da Av. Paulista. Também ocorreram mobilizações nos terminais de Barueri e São Caetano e na UTE de Três Lagoas, base do Sindipetro Unificado-SP em Mato Grosso.

No Litoral Paulista, os trabalhadores da RPBC, em Cubatão, sequer chegaram ao local de trabalho na parte da manhã. Tanto os petroleiros de turno, quanto os petroleiros que trabalham em regime administrativo, voltaram para casa antes mesmo de chegar ao município de Cubatão devido ao bloqueio do pólo industrial. No Tebar, em São Sebastião, houve paralisação das 7h às 9h e 20% do efetivo cruzou os braços nesse período. Na UTGCA, em Caraguatatuba, a categoria também cruzou os braços por duas horas.  Na Revap, em São José dos Campos, os trabalhadores do turno aderiram em 100% e o ADM também aderiu em grande parte. No Rio de Janeiro, houve uma assembleia na porta do TABG, onde a categoria aprovou por unanimidade a greve de 24 horas.

 

ESPÍRITO SANTO

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O Sindipetro-ES convocou a todos os trabalhadores das áreas operacionais a suspenderem a emissão de Permissões de Trabalho por 24 horas nesta quinta-feira. Cerca de 40 categorias pararam a região central de Vitória e outras cidades do estado desde as primeiras horas da manhã, com atos, marchas, manifestações. No Norte Capixaba, a paralisação teve 100% de adesão dos petroleiros.

BAHIA

 

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Salvador e várias outras cidades amanheceram sem transportes. As manifestações tiveram a adesão dos petroleiros, bancários, estudantes da rede pública e privada, comerciários e de todos que se comprometeram com o ato desta quinta.

Desde a madrugada, as centrais sindicais conseguiram interditar a pista da BR 324, no sentido Salvador\Feira de Santana e também no posto Cajueiro.  Os petroleiros fizeram piquetes no Trevo da Resistência e no Conjunto Pituba (Cofip e UP) e permaneceram mobilizados durante todo o dia. Aderiram às mobilizações os trabalhadores da Rlam, Transpetro, P-BioA, UPGN e campos de produção terrestre. Na parte da tarde, os petroleiros participaram da manifestação no Campo Grande, de onde saíram em passeata.

PERNAMBUCO

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As manifestações ocorreram no Terminal de Suape, com adesão de trabalhadores próprios e terceirizados. Na parte da tarde, o ato aconteceu em Recife, onde os petroleiros também aderiram aos protestos.

RIO GRANDE DO NORTE

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Petroleiros e demais categorias bloquearam a Av. Capitão Mor Gouveia, principal via de acesso à sede da Petrobrás em Natal. Ao longo da manhã, a manifestação foi centralizada em frente à sede da Petrobrás, com a participação da maioria dos trabalhadores do setor administrativo da empresa, dos rodoviários, MST e movimentos estudantil e comunitários. Segundo o Sindipetro-RN, a categoria permaneceu mobilizada até o fim do dia.

CEARÁ

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No Ceará, o Dia Nacional de Luta  começou cedo, quando o presidente do Sindipetro CE/PI, Orismar Holanda, e o vice-presidente, Francisco Sales, começaram a mobilização da categoria em frente ao Portão A da Lubnor, às 7h.

Às 8h, os trabalhadores somaram-se aos companheiros de luta que compõem a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) em frente ao Centro Cultural do BNB, onde seguiram em caminhada até a praça do Ferreira com pedidos aos comerciários do centro que fechassem as lojas e participassem das manifestações.

“A sociedade moderna cobra uma participação ativa nas decisões do país. Os movimentos sindicais e sociais, de uma maneira geral, organizam e orientam suas pautas para que as suas principais bandeiras sejam alcançadas. Deve-se destacar também a importância da unidade de classe para o enfrentamento desses problemas. Todos juntos e com objetivos claros, porque afinal as praças e as ruas pertencem ao povo  e construiremos uma nação forte e soberana”, destacou o secretário-geral do Sindipetro CE/PI, Marcondes Muniz.

A categoria levou os cartazes “ Renda do Petróleo vai muito além dos Royalties”, “Reforma política: Plebiscito já!”, “PL 4330 aumenta a precarização no trabalho”, e “O petróleo tem que ser nosso”; além de dois banners.

PARÁ

Na Transpetro Belém e no Porto Encontro das Águas (PEA) houve trancaço com forte adesão de petroleiros primeirizados e terceirizados.

SERGIPE

Segundo o Sindipetro AL/SE, houve 100% de adesão dos trabalhadores da Sede Administrativa da Rua Acre e da Fafen, onde foi realizado um ato central com o apoio de diversas entidades e grupos de movimento popular. Nas unidades de Carmópolis e Atalaia houve adesão parcial. Na Brasken, houve paralisação do administrativo e turno e nas áreas de Pilar e Furado houve atrasos na entrada do pessoal administrativo.

AMAZONAS

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Os petroleiros da Reman aderiram à convocação do Sindipetro-AM e participam da grande mobilização, que parou o Distrito Industrial de Manaus, onde atuam cerca de 120 mil trabalhadores. O sindicato juntos com outras categorias, as centrais sindicais e movimentos sociais fecharam os acessos para o Distrito Industrial, com uma grande manifestação na Rotatória da Suframa. Os petroleiros participaram também às 15h do ato público no centro de Manaus, na Av. Eduardo Ribeiro com Av. Sete de Setembro.

 

PARANÁ

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Petroleiros e petroquímicos, próprios e terceirizados, fizeram pela manhã  uma manifestação histórica no entorno da Repar. Cerca de três mil trabalhadores aderiram ao movimento coordenado pelo Sindipetro-PR/SC, Sindiquímica-PR e Sindimont-PR, junto com as Centrais Sindicais e Movimentos Sociais. Houve corte de rendição desde a zero hora na Repar, onde os petroleiros aderiram à greve de 24 horas, e na Fafen/PR, cujos trabalhadores próprios e terceirizados também somaram-se ao ato. Na parte da tarde, os petroleiros seguiram para o Ato Unificado dos Trabalhadores, que começa às 17h, na Praça Santos Andrade, em Curitiba. Nas demais bases do Sindipetro PR/SC, o sindicato orientou a realização de panfletagens e atrasos na entrada do expediente.

RIO GRANDE DO SUL

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As manifestações foram iniciadas às 4h, envolvendo diversas categorias. Os petroleiros da Refap cortaram a rendição a partir das 8h. A categoria também participou de protestos e manifestações no centro de Canoas e em Porto Alegre.