Diretores sindicais vão à luta para representar terceirizados na estatal

Diretores do Sindipetro Ce/Pi e da Central dos Trabalhadoras e Trabalhadoras do Brasil (CTB) se reuniram na manhã do último 12/03 para tratar dificuldades com representação dos trabalhadores terceirizados na Petrobrás.

Estavam presentes a reunião Ailson Duarte (CTB-Ce), Josênias (CTB-Ce e Asseio e Conservação), Carlos Rogério Nunes (CTB-Nacional), Clécio Morsa (CTB-Ce), e os dirigentes petroleiros Orismar Holanda, Marcondes Muniz e José Domingos.

Um dos pontos cruciais do debate foi a questão da representação dos empregados terceirizados que prestam serviços a Petrobras através de contratações de empresas prestadoras. Para isso, foram debatidas formas para solucionar esta questão.
O que é de interesse dos sindicalistas é que todos os trabalhadores tenham garantido o direito de serem representados por uma entidade combativa e que tenha o domínio dos problemas enfrentados pelos mesmos.

O presidente do SIndipetro Ce/Pi, Orismar Holanda, destacou que um outro grande problema são os contratados para tarefas auxiliares, como asseio e conservação ou construção e que acabam executando atividades-fim do processo industrial. “Tem gente do asseio e conservação que faz manutenção e limpeza de máquinas e não sabe quem os representa. Suas carteiras são assinadas para atividades de limpeza, mas lá dentro colocam o trabalho que verem pela frente para ele fazer”, disse o presidente.

Na Petrobrás existe uma gama de trabalhadores terceirizados, vinculados a uma determinada empresa, , há anos ocupando o mesmo posto sem saber quem os representam. Em diversos casos, quando essas empresas abandonam, encerram ou cancelam o contrato com a Petrobrás, acabam deixando os trabalhadores sem os seus direitos. Para eles garantirem o mínimo que lhes são direito, no caso os últimos salários, eles recorrem ao Sindipetro Ce/Pi, que aciona a justiça para o bloqueio judicial de valores finaceiros.

“O que a gente quer é poder representar o pessoal do asseio e consevação, alimentação, metalúrgicos, ou qualquer outro trabalhador que exerçam suas atividades na mesma situação comum aos petroleiros, como é o caso dos terceirizados embarcados”, falou Orismar.

Ao final da reunião ficou acertado que haverá um trabalho conjunto para identificar e saber como contemplar os direitos desses trabalhadores.