Acordos negociados com a Petrobras devem ser assinados nesta sexta (15); ao todo, 12 sindicatos fazem parte da base da categoria em todo o país

Por: Sarah Fernandes, da Rede Brasil Atual

Dos 12 sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros (FUP), dez já aprovaram em assembleias a proposta de Participação nos

Em São Paulo, a decisão deve sair até amanhã (15), a maioria dos sindicatos regionais do estado já indicam aprovação da proposta. Os petroleiros da Bahia devem concluir o processo de apreciação da proposta no dia 22. As bases votaram também dois indicativos propostos pela FUP: manutenção do estado de greve e continuidade de mobilizações para que a Petrobras formalize regras claras para o pagamento da verba. Ambas foram aceitas pelos sindicatos, inclusive pelo do Rio Grande do Norte.Lucros e Resultados (PLR) que resultou das negociações entre a representação dos trabalhadores e a Petrobras. O Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Norte foi o único a recusar a proposta.

Votaram a favor as bases de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Amazonas, Ceará, Rio de Janeiro (que possuí duas bases: Norte Fluminense e Duque de Caxias), Espírito Santo e Paraná e Santa Catarina, Ceará e Piauí e Paraíba e Pernambuco, que tem as bases unificadas. A assinatura do acordo para os que aceitaram a proposta deve ocorrer até amanhã (15). A FUP gaúcha ainda vai decidir os rumos do movimento.

A proposta negociada com a Petrobras atende uma das principais reivindicações dos trabalhadores: que a a PLR – que este ano será reduzida, tendo em vista a queda no lucro da empresa em 2012 – fosse igual para os petroleiros e para os acionistas. Pela primeira proposta, a categoria perderia 35% do valor do benefício e os investidores 26%, segundo a FUP. Na reunião ficou acordado que ambas as partes teriam uma mesma redução de 26%.

Pela proposta, o benefício será pago em duas parcelas. A primeira, de R$ 5.500 mil, será quitada pela empresa sete dias após a assinatura do acordo e a segunda, de R$ 6.200, será paga em 1º de julho.

As mobilizações começaram em dezembro, quando os petroleiros rejeitaram a oferta da empresa para antecipação do benefício, por considerar que não havia critérios claros para o cálculo. Os trabalhadores exigiam pagamento integral da PLR e a definição de regras transparentes para a definição dos valores.

Em 16 de janeiro, dirigentes da federação reuniram-se com representantes do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Dest), ligado ao Ministério do Planejamento, para cobrar do governo uma solução para a negociação da PLR. E no dia 28 a categoria realizou uma greve de 24 horas, em caráter de protesto.

Depois da paralisação, a Petrobras apresentou uma proposta, que foi recusada pelos trabalhadores. As negociações foram suspensas em 15 de fevereiro e retomadas dia 28.