Trabalhadores, movimentos sociais e entidades classistas estão alertas em relação às mudanças de rumo na gestão da Petrobrás. A FUP e seus sindicados têm questionado a política de desinvestimento que está impactando não só as condições de trabalho e segurança, como os projetos de geração de emprego e renda, vide os cortes de investimentos nos campos de produção terrestre.

Recentemente, os petroleiros e metalúrgicos tornaram a ser surpreendidos pelos rumores de que os gestores da Petrobrás teriam a intenção de contratar no exterior ainda este ano cinco sondas de perfuração. A FUP e a CNM/CUTprontamente questionaram a presidenta Maria das Graças Foster, através de documento protocolado no início do mês, onde deixaram claro que essa decisão colocaria em risco um dos principais legados do governo Lula, que é a nacionalização das encomendas da empresa, cujos resultados têm sido reconhecidamente transformadores para o país. A resposta da presidenta veio através de um documento evasivo, onde ela afirma que “não há previsão de qualquer tipo de licitação para construção de novas sondas de perfuração no decorrer de 2013”.

Não bastasse tudo isso, o povo organizado, que tanto lutou para impedir a privatização da Petrobrás, volta a se preocupar com os destinos da maior e mais estratégica estatal brasileira. Um artigo publicado pelo Relatório Reservado de Brasília, um dos principais canais de comunicação do mercado financeiro e do empresariado, anuncia entusiasticamente que Maria das Graças Foster estaria prestes a aprovar a criação de uma subsidiária que agruparia todas as refinarias da Petrobrás para firmar parcerias com investidores estrangeiros, aos quais seriam ofertados de 20% a 30% de participação acionária nessa nova empresa. Segundo o Relatório Reservado, os dois principais grupos que já estariam em negociação com a Petrobrás de olho nesse “novo negócio” seriam a petrolífera mexicana Pemex e a norueguesa Statoil. “Para estas empresas, a operação representaria um bilhete de entrada no maior conjunto de refinarias da América Latina e, por extensão, a garantia de processamento do petróleo que eventualmente será produzido em seus campos no Brasil”, destaca o artigo do informativo.

Afinal, o que pretendem os gestores da Petrobrás? Reeditar o projeto de privatização da empresa? Coisa que nem os entreguistas da turma de FHC conseguiram? A FUP, que sempre liderou as trincheiras de lutas contra aqueles que ameaçam a soberania nacional, anuncia, desde já, que reagirá à altura e jamais permitirá retrocessos que coloquem em risco as nossas conquistas. Com a resposta, a presidenta da Petrobrás…