Com o intuito de nortear a ameaça da terceirização na Petrobras, o Sindipetro CE/PI realizou uma reunião no último dia 11, firmando seu compromisso com a categoria de trabalhadores terceirizados, considerada uma realidade na empresa.

Na Petrobras, a terceirização está avançando tanto, que estão contratando terceirizados para ocupar cargos de atividade-fim (cargos que apenas funcionários podem ou deveriam poder ocupar por ser essencial no ramo da empresa). “O nosso sindicato entende que todo trabalhador da empresa deve ser contratado, independente da área que ele atue”, afirmou o diretor sindical
Marcondes Muniz.

Na oportunidade, os trabalhadores afirmaram que vários direitos conquistados, inclusive de lei trabalhistas, não são respeitados. “ Aqui, a hora extra é prometida de se pagar com folga, mas como o efetivo é mínimo, não tem quem substitua o trabalhador que vai tirar a folga”, afirmou um trabalhador do transporte.

A terceirização é uma forma de precarizar a empresa e enfraquecer a união trabalhista. “Temos que lutar para que todos os trabalhadores tenham igualdade de condições de trabalho e fiscalizar o cumprimento das obrigações da contratadas em relação aos companheiros terceirizados”, disse Muniz.

Reclamações

Segundo os trabalhadores, várias irregularidades ocorrem na empresa, como: falta de treinamento para terceirizados, desvio de função, retirada do refeitório para os trabalhadores, problemas de quebra contratual, horas extra não paga, discriminação na utilização do estacionamento, péssima iluminação da Base, falta de adicional de turno-noturno, falta de definição de função (todo contrato, muda o nome do cargo do trabalhador, com o intuito de confundir sua fidelidade sindical), curso C-Base desatualizado e pago pelos próprios trabalhadores, piso irregular em época de chuva.