Fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) entrevistaram os petroleiros da Transpetro Maracanaú sobre o polêmico regime implantado na base (relembre aqui) não previsto no ACT.

Segundo relato de um dos entrevistados, o coordenador da unidade quis inibir a fiscalização, mas quando chegou à sala a categoria já tinha contado toda a situação aos fiscais, que solicitaram documentos da Transpetro, e ressaltaram o óbvio aos presentes: o regime está errado e está gerando diversos riscos.

GERENTE LEVA UM CHEGA PRA LÁ

Ainda segundo os relatos da força de trabalho, o Gerente Setorial da unidade ao ver os fiscais conversando com a categoria, sugeriu que eles deveriam primeiro ter procurado o responsável pela a base e se apresentado, insinuando que eles não poderiam ter conduzido a fiscalização da forma que fizeram e insistindo que fossem conversar na sala dele.

Os fiscais se negaram a ir, informando que, para o que vieram tratar já haviam feito, que era conversar com a força de trabalho e solicitar a empresa algumas documentações. Essas deveriam ser entregues no MTE na segunda-feira (19/10).

Os fiscais ainda reforçaram que o regime pode colocar a vida de todos em risco e que a base deveria cumprir a convenção coletiva de trabalho (ACT), além de que a empresa não poderia usar a lei de forma restritiva para penalizar o empregado. Eles disseram ainda que, devido a situação em que se depararam, deverão ir à base bem mais vezes do que o planejado.