VII Plenária Nacional da FUP reuniu cerca de 250 petroleiros no Rio de Janeiro na tarde desta quinta-feira (02/08), com o debate “Reconstruir a democracia, a soberania e o desenvolvimento nacional”, e contou com a participação de representantes da Fundação Perseu Abramo (PT), Fundação Maurício Grabois (PCdoB), Fundação Lauro Campos (PSOL) e Fundação João Mangabeira (PSB). A Fundação Leonel Brizola/Alberto Pasqualini (PDT) também foi convidada para o debate, mas não enviou representante.

Juntas, estas cinco fundações lançaram no dia 03 de julho um manifesto conjunto em defesa da retomada do desenvolvimento do Brasil. O documento, batizado como “Por uma Frente no Parlamento Compromissada com a Reconstrução e o Desenvolvimento do Brasil”, que busca estabelecer diretrizes para a campanha das agremiações ao Legislativo e a atuação nos próximos quatro anos.

Essas fundações se uniram e criaram dois manifestos voltados para o país. Isabel Leandro, da Fundação Perseu Abramo, explicou esses dois manifestos, o primeiro sobre a “Unidade para Reconstruir o Brasil” mais amplo, lançada no início de 2018 e o segundo “Por uma frente para  Parlamentar compromissada com a reconstrução e o desenvolvimento do Brasil”.

“Os documentos expressam a convicção de que, apesar das adversidades, o Brasil tem plenas condições de superar a presente crise” – alertou Isabel.

Já o manifesto para os parlamentares tem o objetivo de desencadear um movimento que contribua para a eleição de um conjunto de parlamentares comprometidos com a alternativa de um projeto nacional de desenvolvimento.

A idéia é que uma vez eleitos, esses deputados, deputadas, senadores, senadoras poderão protagonizar a constituição de uma Frente Parlamentar cujos integrantes terão como referência de atuação a defesa de um projeto pela reconstrução e o desenvolvimento do Brasil. Um projeto justo e avançado para a Nação e o povo irá contribuir para a eleição e a formação de uma forte frente progressista no parlamento brasileiro

Marco Costa falou sobre crise internacional do capitalismo, onde “a forma mais cômoda que é a financeirização e a venda da força de trabalho. Crise essa que a Argentina e Brasil estão vivendo com mais força agora” – explicou, Costa que sugeriu que a opção é uma luta para tentar afirmar uma nova sociedade e nova forma de nos relacionarmos socialmente.

“A preocupação das fundações é mostrar que é possível superar divergências e trabalhar nas convergências” – Marcos Costa.

Fundação Lauro Campos, Francisvaldo Souza, disse que a preocupação do grupo é desenvolver um projeto político de longo prazo para construir o Brasil. Souza fez um histórico de como funcionava a política no Brasil, quando mulheres e negros não votavam inicialmente, passando pelo coronelismo e o voto de cabresto. A participação popular era irrisória e isso foi crescendo com o tempo. Temos necessidade de ampliação popular de participação política.

“Passamos por uma fase que a economia determinava as eleições e hoje estamos entrando numa fase em que a política tem que obedecer a justiça. Eles que estão determinando como a política tem que ser feita seguindo a linha do grande capital. Esse é o problema que vamos ter que enfrentar nesse período eleitoral – explicou Francisvaldo”

Alexandre Navarro da Fundação João Mangabeira falou do manifesto para que os parlamentares consigam materializar as propostas contidas no documento. Alertou que o orçamento para Ciência e Tecnologia foi limitado, além de muitas perdas que a sociedade teve após o golpe. “Tomara que consigamos construir essa frente parlamentar que retome o compromisso com as pessoas desse país” – comentou Navarro.

A participação do plenário foi feita através de comentários no post da Federação Única dos Petroleiros no facebook.

FUP e Sindipetro NF

Confira o debate: