Entre as principais aprovações estão a criação do Comitê em Defesa da Lubnor, manutenção do ACT 2017/2019, com reajuste de 2,7% de ganho real

Após uma abertura histórica na porta da fábrica [Lubnor], o segundo dia de atividades do XXXII Congresso Estadual dos Petroleiros do Ceará e Piauí continuou as atividades em defesa da petrobrás e dos direitos da categoria petroleira. Confira as propostas aprovadas:

1 – Aprovar a criação do Comitê de Defesa da Lubnor, reunindo sindicatos e movimentos sociais aliados para traçar planos conjuntos e ações junto à sociedade.

2 – Retomar os trabalhos com os demais Sindipetros do Nordeste em defesa dos Campos Maduros, Terrestres e Marítimos;

3 – Buscar apoio junto a parlamentares que defendam a Petrobrás Estatal na luta contra a privatização da Termoceará, CEGÁS, Transpetro, BR distribuidora, Liquigás e pela reativação da UBQ.

4 – Realizar o Seminário de comunicação do Sindipetro.

5 – Fazer um evento para atrair empregados da ativa e os aposentados para o Sindipetro.

6 – Solicitar melhoria no acesso ao site do Benefício farmácia aos aposentados.

7 – Defender na campanha salarial 2017/19 reajuste de 2,7% de ganho real sobre o salário base, conforme estudo de DIEESE. [CLIQUE AQUI PARA CONFERIR O DOCUMENTO EXPLICATIVO DO DIEESE]

8 – Defender na campanha salarial 2017/19 a manutenção do acordo coletivo de trabalho, sem o corte de nenhum direito conquistado.

O Regimento foi aprovado com algumas alterações (VEJA AQUI).

 

PALESTRANTES: Raimundo Teles, do Sindipetro Norte-Fluminense [esquerda] falou sobre as normas regulamentadoras e efetivos, veja slide abaixo. Já o economista Rodrigo Leão, do Grupo de Estudos Estratégicos e Propostas (GEEP), da FUP, abordou os impactos da privatização da Petrobrás na economia do Nordeste.

 

 

ABAIXO, A TABELA DE DELEGADOS ELEITOS PARA O CONFUP, QUE ACONTECERÁ DIAS 02 A 06 DE AGOSTO, EM SALVADOR (BA).

 

 

CONFIRA A TESE COMPLETA APROVADA:

Em defesa do sistema Petrobrás com a intensificação das lutas e mobilizações, rumo à Greve Nacional dos Petroleiros.

A privatização da Petrobrás no Estado do Ceará avança de forma acelerada e exige de nós trabalhadores uma resposta enérgica e urgente .

O momento vivido pela categoria petroleira cearense nunca foi tão ameaçador. A história da luta contra o desmonte de um dos maiores símbolos da soberania nacional tem agora registrado em suas páginas o ataque mais feroz já orquestrado pela classe dominante em favor dos interesses de capitalistas nacionais e estrangeiros.

Não há sequer uma unidade da Petrobrás em nossa base de representação que não esteja ameaçada de fechamento ou de entrega. Lubnor, a unidade que reúne o maior efetivo e que insere o Ceará na produção de derivados; Campos maduros terrestres e marítimos, extremamente importantes para a economia das localidades de Aracati, Icapuí e Paracuru e para a manutenção da cadeia integrada da produção de petróleo em nosso Estado; Transpetro, com um Terminal de GNL no Pecém  e uma rede de dutos vital para a logística do sistema; Termoceará e UBQ-Quixadá, esta última já desativada, responsáveis pela inserção da Petrobrás nos mais variados setores de energia.

Não há um setor das diversas especialidades profissionais dos trabalhadores petroleiros que não esteja sofrendo redução de postos ou não tenha interrompida  a necessária reposição de efetivo. A perspectiva do desemprego tem sido posta diante de todos, concursados ou terceirizados. As medidas criminosas tomadas pelos privatistas vão do Governo Federal ao chão de fábrica da Companhia.

A demissão de milhares de trabalhadores do sistema, a tentativa de redução das conquistas do nosso ACT e os planos de demissão da gestão do agente das multinacionais Pedro Parente tem causado um efeito devastador. Em nossa base o PIDV já reduziu quase 1/3 do quadro de trabalhadores na ativa. Todas essa medidas encontram uma base sólida na reforma trabalhista do golpista Michel Temer e sua quadrilha.

Alinhados com o plano de Temer para a política energética do Brasil e com o plano Parente para o fatiamento e destruição da Petrobrás como empresa Estatal estão o governador Camilo Santana e deputados que defendem “parcerias” com o setor privado.

Os defensores locais da privatização da Petrobrás  buscam a todo custo inserir seus “parceiros” na farra da entrega de ativos da Estatal. A unidade da PBio em Quixadá já está nos planos dos aventureiros empresariais que receberão de presente uma moderna Usina construída com recursos públicos, pronta para atuar no setor de biocombustível. Recentemente o secretário de relações internacionais do governo estadual, Antonio Balhmann, anunciou os planos de construção de uma refinaria privada em parceria com a China capitalista, com o objetivo de, segundo sua declaração,  competir com a Petrobrás. A CEGÁS, que já sofreu um golpe com a entrega de parte da Gaspetro, terá seu potencial de crescimento aproveitado provavelmente pelo grupo privado Mitsui. A possibilidade de privatização do Porto do Pecém certamente atrairá interessados no Terminal de GNL, cuja entrega também interessa a atual gestão da empresa.

A atuação dos parlamentares que defendem o Estado mínimo refletem o interesse de quem realmente eles representam: empresários e banqueiros. As chamadas “parcerias” na verdade são a forma mais fácil para obtenção de Caixa para suas campanhas milionárias em troca da entrega do patrimônio público. A lógica desse sistema capitalista mostra que somente eleições diretas não garantem que o atual modelo deixe de ser o comitê gestor dos negócios da burguesia. É necessário substituir a falsa democracia atual por uma verdadeiramente popular.  

Diante desse cenário a intensificação das lutas é a saída. As últimas mobilizações têm mostrado que é possível barrar as reformas do governo Temer e destituí-lo de seu posto ocupado de forma ilegítima.

A Greve Geral do dia 28 de abril, aprovada  por ampla maioria em assembleias nas unidades representadas pelo Sindipetro CE/PI e a marcha dos 200 mil à Brasília, organizada pelas centrais, com a participação de representantes da nossa base petroleira e dos demais sindicatos da FUP, mostraram a Temer e seus aliados que os trabalhadores entendem o que está por trás das reformas.

As ações locais por parte do Sindipetro CE/PI devem ser intensificadas junto à base. A aprovação da Greve Geral do dia 30 em assembleia mostra que o petroleiro cearense compreende a importância da mobilização nacional.

Entretanto é preciso tomar medidas para avançar nas lutas juntamente com os Sindicatos da FUP que aprovaram a Greve por Tempo Indeterminado nas refinarias do sistema. A decisão tomada pela Federação e seus sindicatos filiados mostra que a maior arma do trabalhador é a greve. O entreguista Parente retrocederá de seus plano de redução de efetivo e privatização tão logo a categoria se mobilize massivamente.

Como Plano de Ação para enfrentar as lutas de 2017 a Diretoria do  Sindipetro CE/PI deve  propor ao XXXII Congresso Estadual:

1 – Aprovar a criação do Comitê de Defesa da Lubnor, reunindo sindicatos e movimentos sociais aliados para traçar planos conjuntos e ações junto à sociedade .

2 – Retomar os trabalhos com os demais Sindipetros do Nordeste em defesa dos Campos Maduros, Terrestres e Marítimos;

3 – Buscar apoio junto a parlamentares que defendam a Petrobrás Estatal na luta contra a privatização da Termoceará, CEGÁS, Transpetro, BR distribuidora, Liquigás e pela reativação da UBQ.

 

MOÇÕES APROVADAS:

  • MOÇÃO DE REPÚDIO AOS GOLPISTAS MICHEL TEMER, RODRIGO MAIA, AÉCIO NEVES, JOSÉ SERRA E DEMAIS MEMBROS DA QUADRILHA QUE DESMONTAM O PAÍS.
  • MOÇÃO DE REPÚDIO AO STF, VIABILIZADOR DO GOLPE.
  • MOÇÃO DE REPÚDIO AOS PARLAMENTARES QUE SÃO FAVORÁVEIS ÀS REFORMAS DA PREVIDÊNCIA E TRABALHISTA.
  • MOÇÃO DE REPÚDIO À AÇÃO TRUCULÊNCIA DA POLÍCIA NA OCUPAÇÃO DOS SEM-TETO ‘LANCEIROS NEGROS’, PORTO ALEGRE, EM REINTEGRAÇÃO ILEGÍTIMA DO GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.
  • MOÇÃO DE REPÚDIO À PEDRO PARENTE PELA SUA POLÍTICA DE DESMONTE, DESINVESTIMENTO E PRIVATIZAÇÃO DA PETROBRÁS.
  • MOÇÃO DE REPÚDIO A REDUÇÃO DOS EXAMES PERIÓDICOS ANUAIS OBSERVADOS NO ÚLTIMOS ANOS NO SISTEMA PETROBRÁS.
  • MOÇÃO DE REPÚDIO AO ASSÉDIO MORAL E SEXUAL SOFRIDO PELAS(OS) EMPREGADAS(OS) PRÓPRIAS E TERCEIRIZADAS NO SISTEMA PETROBRÁS.
  • MOÇÃO DE REPÚDIO COM A PARALISAÇÃO DOS TRABALHOS DA SUBCOMISSÃO DE DIVERSIDADE DE RAÇA E GÊNERO DA PETROBRÁS, DIFICULTANDO UM IMPORTANTE TRABALHO EM PROL DA EQUIDADE DE GÊNERO.
  • MOÇÃO DE APOIO AO DIREITO DAS MULHERES PETROLEIRAS DE TEREM OPÇÃO DE ESCOLHA ENTRE O REGIME DE TURNO OU O REGIME ADMINISTRATIVO DURANTE O TEMPO DE GRAVIDEZ E/OU PERÍODO DE AMAMENTAÇÃO FUNDAMENTADA EM LAUDO DE UM MÉDICO ESPECIALISTA.