Se os generais brasileiros se dizem patriotas, com certeza a defesa dessa Pátria não está sendo a brasileira

O General Mourão, presidente brasileiro em exercício, ao contrário do que pregava antes da eleição, o mesmo que agora tem evitado falar sobre corrupção (esquivando dos roubos do filho do presidente, Flávio Bolsonaro) e que privilegiou seu próprio filho, Rossell Mourão, triplicando seu salário no Banco do Brasil, enviou seu menino de recados [Bolsonaro] para Davos (Suiça) onde deixou claro seu recado: privatizações para as estatais brasileiras e reforma da previdência para os trabalhadores.

Acuado e isolado, Bolsonaro almoça sozinho em Davos.

Com discurso de seis minutos, bem abaixo do tempo estipulado, o único projeto de País apresentado pelo representante dos generais no poder é esse: encerrar a seguridade dos trabalhadores e privatizar empresas públicas.

“Gozamos de credibilidade para fazer as reformas de que precisamos e que o mundo espera de todos nós. […] Trabalharemos pela estabilidade macroeconômica, respeitando os contratos, privatizando e equilibrando as contas públicas […] O Brasil ainda é uma economia relativamente fechada ao comércio internacional e mudar essa condição é um dos maiores compromissos deste governo […] Vamos resgatar nossos valores e abrir nossa economia”, disse Jair Bolsonaro.

Para a Petrobrás, os planos dos generais já estão em curso: colocar um liberal na presidência para beneficiar companhias estrangeiras e amigos no poder, violar o plano de cargos da Companhia [ao indicar Carlo Victor Guerra Nagem, um amigo particular de Bolsonaro, ex-parceiro de campanhas políticas] e a tentativa de emplacar no Conselho de Administração um condenado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por se beneficiar de informações privilegiadas para vender ações.

Em comunicado divulgado no dia 17 de Janeiro, a Petrobrás retomou as vendas da Transportadora Associada de Gás S.A. (“TAG”), Araucária Nitrogenados; além de “formação de Parcerias” em Refino.

Os militares nomeados já passam de 45 no governo de Jair Bolsonaro (PSL), espalhados por 21 áreas, o que já pode ser considerado um controle militar sobre o Brasil, algo almejado por alguns setores da sociedade, que criaram a falsa imagem de um governo militar não conivente com corrupção e nacionalista, mas que cai por terra com a entrega do patrimônio nacional. Se os generais brasileiros se dizem patriotas, com certeza a defesa dessa Pátria não está sendo a brasileira.

No Ceará, sindicatos criarão a Frente Cearense em Defesa das Estatais. Petroleiros, bancários, portuários, eletricitários, trabalhadores em Correios e demais categorias que estão com empresas estatais ameaçadas de venda ou fechamento pelo governo Bolsonaro construirão uma agenda de lutas para 2019 com o objetivo de barrar o entreguismo.