I. Conjuntura:

A Presidenta Dilma Roussef do PT age para LEGITIMAR a receita ditada pelos “mercados”, que é reduzir o papel do BNDES, restringindo os repasses do Tesouro para esse banco, abrir o capital da Caixa para que ela atue como agente de mercado, realizar concessões e privatizações de bens e serviços públicos em benefício do capital privado, atacar e fragilizar a Petrobras e as cadeias produtivas que ela estimula, tentando derrubar as leis de exigências de componentes nacionais, manter o dólar baixo pela atração de recursos especulativos que entram no país para se beneficiar da taxa Selic, manter os maiores juros do mundo para as compras no varejo e combater a industrialização no país, para que este se torne dependente dos produtos feitos no exterior e ainda reduzir direitos e a cobertura social da classe trabalhadora.

É justamente essa “ação” da Presidenta e do seu partido, o PT, que dificulta a leitura correta do ambiente atual e confunde a classe trabalhadora inibindo ou paralisando uma ação de resistência efetiva, uma vez que o PT exerce forte influência sobre centrais, federações e sindicatos.

É esse o jogo político. E, para contribuir com esse jogo, nada mais perverso que um Congresso conservador e uma Presidenta pusilânime, todos financiados pelo CAPITAL empresarial.

A regulação democrática da economia e uma maior partilha da riqueza para ações civilizatórias na sociedade não interessam a essas elites! Como reagir num ambiente de total desarticulação sindical e política e retirar da inércia induzida a classe trabalhadora? Como romper a ideologia dominante e senso comum inoculado na população via educação privada e mídia hegemônica?

Não há solução milagrosa nem imediata. Devemos trabalhar de forma horizontal para reunir e aglutinar novamente os trabalhadores e utilizar a única força possível – a união da classe operária, para a transformação social na direção e no sentido da democracia, da justiça social e da equidade.

Urge que o nosso sindicato patrocine uma iniciativa no sentido de ruptura com o discurso hegemônico, a fim de conscientizar sua base social da necessidade de mobilização e luta para manter direitos e conquistas históricas, que dia-a-dia caminham para virar pó.

Portanto, como iniciativa de resistência inicial devemos promover um curso de FORMAÇÃO POLÍTICA E SINDICAL, para conscientizar a nossa categoria dos ricos aos quais estamos expostos e podem nos atingir no presente e no futuro e também mostrar as alternativas de resistência e as estratégias de luta para e recuperar e garantir direitos.

II. Condições para que ocorra a formação política da diretoria e da base social do Sindipetro CE/PI:

1o. Definir o orçamento disponível para realização do evento;

2o. Definir os objetivos, a grade, carga horária e o público-alvo do curso;

3o. Definir quem será a instituição ministrante do curso e em qual modlidade ele será disponiblizado, se presencial ou EAD;

4o. Divulgar amplamente o evento e as condições de inscrição.

 Atenciosamente,


Cristino Janja

Dir. Comunicação